Dado é do Conselho Tutelar da região, que protocolará hoje, dia 18, representação no Ministério Público do Estado denunciando a falta de vagas na rede pública municipal; a oferta em escolas não aumentou, na mesma proporção da área
SÃO
LUÍS - Caio Henrique, de apenas 6 anos, e Naira Bianca, de 7 anos,
residem na Vila Embratel, em São Luís, e estão com o futuro incerto.
Eles são duas das 168 crianças da comunidade Itaqui-Bacanga que estão
fora da sala de aula, conforme levantamento feito pelo Conselho Tutelar
da região. A entidade informou que protocolará hoje uma representação no
Ministério Público do Maranhão (MP), denunciando a falta de vagas na
rede municipal.
Segundo a direção do conselho, casos como os de Caio Henrique e Naira Bianca chegam diariamente à sede da instituição. “O problema é antigo e sem solução”, analisou o conselheiro tutelar João Costa. De acordo com ele, atualmente a área Itaqui-Bacanga tem uma população estimada em aproximadamente 250 mil pessoas. No entanto, a oferta de vagas em escolas não cresceu, na mesma proporção. “O que se vê é uma ausência de capacidade do poder público em estender a quantidade de escolas nessa região tão sofrida da cidade”, disse.
A dificuldade em adquirir uma vaga na rede pública é confirmada por pais dos estudantes. “Caio [Henrique] estudava em outra escola. Por falta de vagas, acabou saindo. Como não tenho condições de custear uma mensalidade e ainda pagar os materiais escolares, meus filhos estão, infelizmente, sem escola”, disse o pai de Caio Henrique e Naira Bianca, Bismarck Souza Silva, morador da Vila Embratel.
Segundo a direção do conselho, casos como os de Caio Henrique e Naira Bianca chegam diariamente à sede da instituição. “O problema é antigo e sem solução”, analisou o conselheiro tutelar João Costa. De acordo com ele, atualmente a área Itaqui-Bacanga tem uma população estimada em aproximadamente 250 mil pessoas. No entanto, a oferta de vagas em escolas não cresceu, na mesma proporção. “O que se vê é uma ausência de capacidade do poder público em estender a quantidade de escolas nessa região tão sofrida da cidade”, disse.
A dificuldade em adquirir uma vaga na rede pública é confirmada por pais dos estudantes. “Caio [Henrique] estudava em outra escola. Por falta de vagas, acabou saindo. Como não tenho condições de custear uma mensalidade e ainda pagar os materiais escolares, meus filhos estão, infelizmente, sem escola”, disse o pai de Caio Henrique e Naira Bianca, Bismarck Souza Silva, morador da Vila Embratel.
Preocupação e tristeza
A mãe das crianças, Naildes Menezes Ribeiro, afirmou a O Estado que as crianças perguntam, a todo instante, sobre quando voltarão a estudar. “É muito triste para uma mãe ver seus filhos perguntando isso e sem poder dar nada em troca”, afirmou. Sem solução por parte da Prefeitura de São Luís, os pais recorrem à direção do Conselho Tutelar, na busca por uma vaga para os filhos em uma unidade de ensino. “Ou seja, o conselho, que serviria apenas para dar suporte a este tipo de demanda, acaba tendo de resolver todos os problemas do mundo”, afirmou a também conselheira da área Itaqui-Bacanga, Benesoete Câmara.
A mãe das crianças, Naildes Menezes Ribeiro, afirmou a O Estado que as crianças perguntam, a todo instante, sobre quando voltarão a estudar. “É muito triste para uma mãe ver seus filhos perguntando isso e sem poder dar nada em troca”, afirmou. Sem solução por parte da Prefeitura de São Luís, os pais recorrem à direção do Conselho Tutelar, na busca por uma vaga para os filhos em uma unidade de ensino. “Ou seja, o conselho, que serviria apenas para dar suporte a este tipo de demanda, acaba tendo de resolver todos os problemas do mundo”, afirmou a também conselheira da área Itaqui-Bacanga, Benesoete Câmara.
O conselho, que serviria apenas para dar suporte a este tipo de demanda, acaba tendo que resolver todos os problemas do mundo”Benesoete Câmara, conselheira da área Itaqui-Bacanga
Ainda
não há um levantamento oficial do conselho sobre a quantidade oficial
de escolas e creches no Itaqui-Bacanga. De acordo com os responsáveis,
seria construída uma creche em um terreno situado no Conjunto EIT (entre
as vilas Bacanga e Isabel). O Estado esteve no terreno apontado e
constatou que os serviços estão aparentemente suspensos. No local,
alguns invasores já lotearam a área.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que a creche da Vila Bacanga já teve o seu processo de licitação concluído em nível local, após distrato realizado pelo Governo Federal com a empresa vencedora da licitação em nível nacional. Acerca da falta de vagas em escolas, a Secretaria ressaltou que as escolas são orientadas a realizar a matrícula de todos os estudantes. A Semed informou ainda que realiza o remanejamento para escolas próximas na eventualidade de haver excedentes.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que a creche da Vila Bacanga já teve o seu processo de licitação concluído em nível local, após distrato realizado pelo Governo Federal com a empresa vencedora da licitação em nível nacional. Acerca da falta de vagas em escolas, a Secretaria ressaltou que as escolas são orientadas a realizar a matrícula de todos os estudantes. A Semed informou ainda que realiza o remanejamento para escolas próximas na eventualidade de haver excedentes.
Incertezas
A educação na capital maranhense enfrenta um cenário desfavorável. Desde segunda-feira, dia 14, os professores da rede pública do município aderiram a uma paralisação que suspendeu as atividades nas principais unidades de ensino. Ontem pela manhã, docentes promoveram um ato público, em frente ao Palácio La Ravardière, sede da Prefeitura de São Luís.
A educação na capital maranhense enfrenta um cenário desfavorável. Desde segunda-feira, dia 14, os professores da rede pública do município aderiram a uma paralisação que suspendeu as atividades nas principais unidades de ensino. Ontem pela manhã, docentes promoveram um ato público, em frente ao Palácio La Ravardière, sede da Prefeitura de São Luís.
NÚMEROS
250 mil pessoas é a população estimada da área Itaqui-Bacanga
168 crianças estão sem estudar na área Itaqui-Bacanga
250 mil pessoas é a população estimada da área Itaqui-Bacanga
168 crianças estão sem estudar na área Itaqui-Bacanga
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