Planalto anunciou ex-presidente Lula como novo ministro-chefe da Casa Civil.
Com anúncio, Wagner será deslocado para chefiar o Gabinete da Presidência.
O atual ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta
quarta-feira (16), em suas páginas pessoais no Facebook e no Twitter,
que a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo
de ministro da Casa Civil é um "gigantesco reforço".
Na tarde desta quarta, o Palácio do Planalto anunciou por meio de nota
oficial que Lula ocupará o cargo no lugar de Wagner. Este, por sua vez,
será deslocado para a chefia de gabinete da presidente Dilma Rousseff.
Segundo a TV Globo apurou, Jaques Wagner manterá o status de ministro,
apesar de estar sendo transferido para o cargo de chefe de gabinete da
Presidência, que, até então, não era considerado uma vaga de primeiro
escalão. Com isso, Wagner manterá o foro privilegiado.
"A agenda do desenvolvimento, da retomada do crescimento econômico com
justiça social, a articulação política e o diálogo com os movimentos
populares ganharam um gigantesco reforço: o ex-presidente Luís Inácio
Lula da Silva. Lula aceitou o convite da Presidenta Dilma e será nomeado
ministro-chefe da Casa Civil", disse o ministro nas redes sociais.
"Agradeço a presidenta pela confiança ao me convidar para o Gabinete da
Presidência, função que buscarei desempenhar com a mesma dedicação,
empenho e compromisso que marcaram minha trajetória. #LulaMinistro",
concluiu Wagner.
Além do texto, Wagner publicou uma foto no Facebook na qual a
presidente Dilma e o ex-presidente Lula aparecem de mãos dadas. Abaixo
da foto, há uma legenda que diz: "O cara voltou".
O
atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que o
ex-presidente Lula é um gigantesco reforço para o governo (Foto:
Reprodução/Facebook)
Negociaçãoela manhã, Dilma e Lula acertaram, em uma reunião no Palácio da Alvorada, a entrada do ex-presidente no primeiro escalão. Eles já haviam se reunido na residência oficial na noite desta terça (15) para tratar do assunto, no entanto, não haviam oficializado a nomeação porque decidiram discutir alguns detalhes nesta manhã.
Nos últimos dias, ministros do núcleo político do governo têm repetido que o objetivo da ida de Lula para o ministério seria ajudar a presidente da República a recompor a base política no Congresso Nacional e tentar barrar o processo de impeachment.
A consequência prática mais imediata da nomeação de Lula para um ministério, no entanto, é que o ex-presidente sai do alcance do juiz federal Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância.
Todos os ministros de estado têm foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, o comando das investigações sobre Lula sairá de Curitiba e passará a ser do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Já o juiz do caso passará a ser o ministro do Supremo Teori Zavascki.
O ex-presidente da República chegou a Brasília na tarde de terça e, poucas horas depois, iniciou uma reunião com Dilma por volta das 19h na residência oficial da Presidência.
O encontro durou mais de quatro horas, mas terminou sem uma definição sobre a ida de Lula para o ministério. Ele e Dilma, então, decidiram continuar a conversa na manhã do dia seguinte.
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