Pedro Peduzzi/Agência Brasil
Essa taxa deixará de ser cobrada em abril, quando será adotada a bandeira verde.
BRASÍLIA
- Começa, nesta terça-feira (1º), o desligamento das 21 usinas
termelétricas com preço de geração de energia superior a R$ 250 por megawatt-hora (MWh). Com isso, as contas de luz passarão a adotar a cor amarela, reduzindo o custo extra para R$1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. Essa taxa deixará de ser cobrada a partir de abril, quando será adotada a bandeira verde.
O
sistema de bandeiras foi criado com o objetivo de informar mensalmente
ao consumidor se a energia consumida por ele está mais cara ou mais
barata. Com a melhora da situação dos reservatórios das hidrelétricas e a
entrada de energia nova no sistema – caso, por exemplo, da fornecida
pelas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio – foi possível iniciar
os desligamentos das termelétricas com custo mais caro de geração.
A
decisão levou em conta também o comportamento de carga, influenciado
pela redução de consumo. Apesar do cenário mais favorável, a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mantém o alerta para que os
consumidores façam uso eficiente de energia, de forma a combater os
desperdícios e a evitar um futuro retorno às bandeiras vermelha ou
amarela – o que implicaria a volta da taxa extra.
Ao fazer, em 25
de abril, o anúncio do desligamento, previsto para abril, das
termelétricas com custo acima de R$ 211 por MWh, o ministro de Minas e
Energia, Eduardo Braga, disse que a adoção da bandeira verde deverá
resultar em redução média entre 6% e 7% na conta de luz.
Até o
final de abril, 5 mil MW gerados pelas térmicas terão sido desligados do
sistema, o que representará economia total de R$ 10 bilhões ao ano.
Segundo Braga, mantida a previsão positiva da situação hidrológica, mais
2 mil MW gerados em usinas térmicas poderão ser desligados nos próximos
meses.
Também entram hoje em vigor as novas regras da resolução
que estabelece o Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Por meio
desse sistema, é possível que o consumidor instale pequenos geradores
(painéis solares fotovoltaicos, microturbinas eólicas, entre outras
fontes renováveis) em sua unidade consumidora e troque energia com a
distribuidora local, de forma a reduzir os gastos com energia elétrica.
Ao
simplificar a norma, a Aneel estima que até 2024 mais 1,2 milhão de
consumidores passem a produzir sua própria energia – o que equivaleria a
uma potência instalada de 4,5 gigawatts.
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