Inscritos em programa habitacional estão cobrando de órgãos a entrega de apartamentos do Residencial Vila Maranhão
SÃO
LUÍS - Futuros mutuários do programa Minha Casa, Minha Vida em São Luís
cobram a entrega dos imóveis do Residencial Vila Maranhão. O
empreendimento está com as obras praticamente concluídas na maioria das
etapas, mas ainda não há previsão para a entrega dos apartamentos. As
pessoas também temem que, com a demora na entrega, os imóveis sejam
invadidos.
O Residencial Vila Maranhão é um dos empreendimentos
que compreendem o Minha Casa, Minha Vida II. Também integram essa etapa
do programa os residenciais Piancó, Luís Bacelar, Santo Antônio e
Amendoeira. Em agosto de 2015, a presidente Dilma Rousseff (PT) realizou
a entrega de 3.020 unidades habitacionais no Maranhão. Desse total, 1,3
mil moradias eram do Residencial Amendoeira e 720 do Residencial Santo
Antônio.
No entanto, o grande sonho da casa própria não se
realizou para todos os inscritos nos programa. No caso do Vila Maranhão,
as obras de construção dos imóveis já estão quase concluídas. Apenas
alguns trabalhadores continuam no local concluindo algumas pendências
nos projetos.
Os mutuários reclamam que não há previsão para
entrega. O processo é coordenado pelas secretarias municipais da Criança
e Assistência Social (Semcas) e de Urbanismo e Habitação (Semurh). Ao
questionar os órgãos, eles só recebem como resposta prazos que nunca
foram cumpridos.
Aluguel
Esse é o caso de
Jocilene Silva dos Santos. Ela lembra que está inscrita no programa do
Governo Federal desde 2008. Depois de tanto tempo, ela já viu outras
pessoas receberem seus imóveis e ela continuar vivendo em casas
alugadas. “A gente vai na Semcas e nunca chega o prazo. Pior é que meu
nome estava para o residencial da Ribeira, aí jogaram na Vila Maranhão,
que nunca entregam. Agora, moro na Cidade Operária, onde pago R$ 550,00
de aluguel. Enquanto isso, ficam só enganando a gente”, disse.
Com
a demora na entrega dos imóveis e a falta de informações precisas, os
mutuários temem ainda que os imóveis possam ser invadidos, ocupados
irregularmente como já aconteceu no programa. Em 2013, milhares de
famílias invadiram as unidades habitacionais do Residencial Nova Terra,
em São José de Ribamar, que pertence ao programa Minha Casa, Minha Vida.
A Polícia Federal cumpriu o mandado de reintegração de posse dos
imóveis.
O Estado entrou em contato com a
Prefeitura de São Luís para obter informações sobre o programa de
habitação, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Mais
Os
investimentos do Governo Federal na área da habitação concentram-se
principalmente na faixa I, que compreende as famílias que ganham até
R$1.600,00 por mês.
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