Agência Brasil
17/03/2014
Divulgação
BRASÍLIA - O avião desaparecido no último dia 8 com 239 pessoas a bordo
desceu a cinco mil pés de altitude (aproximadamente 1,5 mil metros)
para evitar ser detectado pelos radares civis, informa hoje (17) o
diário cingapurense New Straits Times.
A investigação oficial confirmou que o Boeing 777-2000 da Malaysia Airlines
desligou os seus sistemas de comunicação e mudou de rota
deliberadamente. A análise dos dados do avião revela que o aparelho
baixou de altitude para desaparecer dos radares. "A pessoa no comando do
avião tem sólido conhecimento de navegação e radares", declarou uma
fonte ao diário.
O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur
em direção a Pequim na madrugada do dia 8 deste mês e desapareceu dos
radares cerca de 40 minutos depois da descolagem. A estimativa é que
tenha voado durante várias horas sem ser detectado, disseram os peritos
ao jornal de Cingapura.
As autoridades da Malásia
pediram a uma série de países, a maioria do Sul e Centro da Ásia, que se
juntem às buscas do avião, após a confirmação de que o aparelho mudou
de rumo de forma deliberada e que se dirigiu para o Oeste.
Os
novos dados, divulgados pelo primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak,
no sábado (15), abrem duas zonas de investigação sobre a rota seguida
pelo avião: uma que vai do Norte da Tailândia até o Cazaquistão e
Turquemenistão e outra que parte da Indonésia e entra pelo Oceano
Índico, a Oeste da Austrália.
Vinte e seis países
participam atualmente das operações de busca do avião: Austrália,
Bangladesh, Birmânia, Brunei, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes
Unidos, Estados Unidos, Filipinas, França, Índia, Indonésia, Japão,
Cazaquistão, Quirguizistão, Laos, Malásia, Nova Zelândia, Paquistão,
Reino Unidos, Rússia, Cingapura, Tailândia, Turquemenistão, Uzbequistão e
Vietnã.
O primeiro-ministro australiano, Tony
Abbott, anunciou hoje que o seu governo reforçou a contribuição nas
operações de busca do avião. A Austrália assumirá a responsabilidade de
procurar o aparelho em uma vasta parte do Oceano Índico e enviará
recursos adicionais de vigilância marítima para ajudar na missão.
O
avião transportava 227 passageiros, incluindo sete menores, e uma
tripulação de 12 malaios. Entre as possíveis causas do desaparecimento
estão as hipóteses de sequestro, terrorismo ou problemas psicológicos ou
pessoais de alguém a bordo.
O ministro dos
Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse nesse domingo (16)
que as últimas palavras recebidas pelo controle aéreo - "Bem, boa noite"
[All right, good night] - foram pronunciadas no interior da cabine depois de o sistema de comunicações [Acars, Aircraft Communications Addressing and Reporting System] ter sido deliberadamente desligado.
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