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segunda-feira, 24 de março de 2014

'Quanto mais perto, mais esperança', diz mãe de bebê com síndrome rara

Liminar determinou transferência de Sofia da Silva para Sorocaba.
Menina nasceu com Síndrome de Berdon e mobilizou internet.

Ana Carolina Levorato Do G1 Sorocaba e Jundiaí

Sofia foi transferida no domingo para Sorocaba (Foto: Divulgação / Campanha 'Ajude a Sofia')Sofia foi transferida no domingo para Sorocaba (Foto: Divulgação / Campanha 'Ajude a Sofia')
Uma viagem que agora é de poucos quilômetros triplica a esperança da família da pequena Sofia da Silva, de apenas três meses.  Para visitar a filha, que nasceu com uma síndrome rara, os pais de Votorantim (SP) que antes demoravam mais de duas horas na viagem até Campinas, agora levam pouco mais de 10 minutos para chegar ao Hospital Samaritano, em Sorocaba (SP), para onde a menina foi transferida no sábado (22).
Após a juíza Luciana Carone Nucci Eugênio Mahuad, da 1ª Vara Cível de Votorantim conceder na sexta-feira uma liminar que determinou a imediata internação da criança, os pais esperavam ansiosos para o primeiro horário de visita da UTI onde o bebê está neste domingo (23).
Segundo a mãe da menina, Patrícia da Silva, a primeira visita é uma vitória da filha e o primeiro passo para chegar mais perto de casa. Antes, os pais acordavam às 3h para ir de ônibus até Campinas.  “Eu pensei que ia poder ficar com a Sofia no quarto. Tanto que ela estava chorando muito e só parou quando me viu, mas quanto mais perto mais esperança dela ir embora logo. Estaremos aqui em todas as visitas e está tudo mais fácil agora", conta a mãe.
O bebê de três meses nasceu com Síndrome de Berdon, uma rara doença que provoca problemas no intestino, na bexiga e no estômago. A situação dela causou comoção após uma campanha na internet mobilizar pessoas de todo o país. Para sobreviver, a menina precisa de um transplante de três órgãos. Sofia já passou por três cirurgias desde que nasceu, mas precisa do atendimento especializado, que só pode ser feito nos Estados Unidos.
Ainda conforme Patrícia em entrevista ao G1, com a transferência da filha, os três horários de visita serão muito mais concorridos já que outros parentes poderão ficar perto do bebê.  “A minha intenção é levar a minha filha para casa, mas antes disso eu preciso construir um quarto que tenha a ventilação e a iluminação adequada que ela precisa. Por enquanto continuamos nos revezando aqui", comenta Patrícia.
Campanha na internet
A família de Sofia está pedindo ajuda financeira para conseguir uma viagem até os Estados Unidos, único país onde há a possibilidade da realização da cirurgia que pode reverter o quadro de saúde da menina.
Sofia será transferida para Sorocaba (Foto: Divulgação / Campanha 'Ajude a Sofia')Sofia nasceu com Síndrome de Berdon
(Foto: Divulgação / Campanha 'Ajude a Sofia')
De acordo com o pai, Gilson Gonçalves da Silva, em entrevista ao G1 em fevereiro, desde o quinto mês de gestação a família descobriu que a criança tinha uma deformidade na bexiga. Algum tempo depois, ela foi diagnosticada com a Síndrome de Berdon, que impede o funcionamento de  intestino, bexiga e estômago.
Segundo a mãe, que já perdeu um filho, um cirurgião explicou que é possível fazer um transplante nos Estados Unidos, mas o custo pode variar entre US$ 200 mil a US$ 600 mil (mais de R$ 1 milhão), fora as despesas da viagem. Diante disso, a família resolveu criar uma campanha na internet. “Esse dinheiro nós não temos, estamos pedindo ajuda da Justiça. Mesmo assim precisamos de ajuda para viajar, pagar passagens e tudo o mais. Quero salvar minha filha e preciso de ajuda”, conta a mãe.
A campanha intitulada "Ajude a Sofia" ganhou força nas redes sociais e mais de 13 mil pessoas já curtiram e compartilharam a página. Por meio de um site o internauta pode se cadastrar e doar o valor que quiser. A doação pode ser paga com cartões de crédito ou por boleto bancário. Até sexta-feira (21), a família havia arrecadado cerca de R$ 42 mil.

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