Mariana Tokarnia / Agência Brasil
"Sem a base, fica difícil rever a formação de professores", disse Renato Janine.
BRASÍLIA
- O Ministério da Educação (MEC) lançou hoje (30) o site da Base
Nacional Comum Curricular (BNC) – plataforma ampla para receber
sugestões de organizações, redes de ensino e da sociedade em geral para a
definição do que os alunos do ensino básico devem aprender ano a ano.
No dia 15 de setembro, a pasta divulgará oficialmente a proposta
preliminar para, a partir dela, coletar sugestões até o dia 15 de
dezembro pelo endereço http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
A
BNC vai dar a maior transparência possível sobre os conhecimentos que
todos os estudantes devem ter, da creche ao ensino médio, detalhando o
que devem aprender. O site reúne documentos teóricos, vídeos com
especialistas e autoridades. É possível também ter acesso ao currículo
adotado em cada estado e no Distrito Federal.
"Sem a base fica
difícil rever a formação de professores, fica difícil, para não dizer
impossível, pensar no material didático", diz o ministro da Educação,
Renato Janine Ribeiro. O ministro espera concluir a BNC até março do ano
que vem e enviá-la ao Conselho Nacional de Educação (CNE). "A base se
tornou pivô de várias ações e pré-requisito de várias medidas
necessárias para melhorar a educação brasileira", acrescenta.
O
portal já está no ar. A partir de segunda-feira (3), o MEC entrará em
contato com as organizações para que façam o cadastro no site e
participem da elaboração da base. A partir da divulgação da proposta
preliminar, o portal estará aberto para as contribuições.
A
recomendação é que as redes de ensino, os movimentos sociais, entidades
classistas e demais grupos enviem propostas já organizadas, que os
represente. Já as contribuições individuais serão consolidadas pelo MEC.
O site permite que os colaboradores enviem arquivos e que professores
compartilhem, por exemplo, aplicações em sala de aula do que estão
defendendo para a BNC.
A definição de uma base comum curricular é
uma das estratégias que constam no Plano Nacional de Educação (PNE),
sancionado no ano passado pela presidenta Dilma Rousseff. O PNE
estabelece metas e estratégias para os próximos dez anos, de modo a
melhorar a educação.
Um grupo de 116 especialistas debate no MEC a
versão preliminar da BNC, que será colocada para consulta. Depois de
consolidada, a proposta da base será enviada ao CNE para avaliação.
Depois disso, retorna ao ministério para ser homologada. O prazo para
que seja enviada ao CNE é junho de 2016.
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