Um levantamento feito com base em informações fornecidas pelas
Câmaras Municipais e em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mostra que os vereadores de todas as 26 capitais
estaduais recebem muito mais que a renda média do trabalhador nessas
cidades.
Em 21 delas, os vencimentos dos parlamentares para a próxima
legislatura, com início em 2017, representam ao menos, cinco vezes a
renda média do trabalho Em meio à crise financeira do país, a aprovação
de reajuste para vereadores provocou protestos em São Paulo.
A diferença mais gritante na comparação com os rendimentos dos
trabalhadores foi constatada em Teresina. Os vereadores da capital do
Piauí vão receber R$ 18.880,38 por mês, mais de dez vezes a renda média
atual dos moradores da cidade, que era de R$ 1.818 mil no terceiro
trimestre, de acordo com o dado mais recente disponível na Pnad.
Em São Luís, os legisladores eleitos ganharão R$ 15.031,76, valor
corresponde a mais de nove vezes o salário médio dos moradores, que é de
R$ 1.654 mil. A capital maranhense apresenta o mais baixo rendimento
médio do trabalho entre as 26 capitais.
Assim também será em Salvador, onde os vereadores terão salário de R$
18.732,56 nove vezes o rendimento de um trabalhador da capital baiana,
que era de R$ 2.022 mil ao fim de setembro. No cenário menos
discrepante, verificado em Vitória, os vereadores ganharão R$ 8.370,30
por mês, o dobro do rendimento médio dos moradores, que estava em R$
4.109, de acordo com a Pnad Contínua. A capital do Espírito Santo tem os
salários de vereadores mais baixos e o rendimento médio do trabalho
mais alto entre as capitais estaduais.
Veja na tabela abaixo as diferenças nestas cidades, ordenadas pelas
capitais com maior variação entre o salário dos vereadores e dos
trabalhadores:
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