Dona da residência, identificada como Tereza Regina, está entre os detidos.
Um túnel de aproximadamente 20 metros estava sendo escavado de dentro
de uma residência para Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) São
Luís 6, antigo Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. A Polícia Militar evitou a
conclusão da estrutura subterrânea e deteve dez pessoas suspeitas de
envolvimento na ação, sendo três adolescentes. Todos foram encaminhados
para a Superitendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
A polícia apurou que o plano de fuga seria concretizado entre os dias
24 e 25 de dezembro, aproveitando a mobilização da cidade para a
comemoração do Natal.
A residência de onde partia o túnel fica na Travessa II da Vila
Progresso, logo atrás da UPR 6. Entre os detidos está a dona da casa
identificada como Tereza Regina. A Polícia Militar revelou que ela é
esposa de um detento, que está em Pedrinhas, conhecido como “Fidel”.
A investigação foi realizada pelo Grupo de Serviço Avançado (GSA) do
6º Batalhão da Polícia Militar. Nela, os policiais constataram que o
túnel ligava uma residência à penitenciária. A ação criminosa já durava,
pelo menos, duas semanas.
Histórico de tensão
A UPR 6, ainda quando era chamada de CDP, registrou uma série de
fugas, mortes e rebeliões. Em setembro de 2014, o muro deste presídio
foi derrubado por um caminhão, que deu suporte a fuga de seis detento.
Houve troca de tiros e quatro internos foram atingidos.
Em setembro de 2016, os internos Daniel Sá Menezes Licar e Iago
Henrique Fonseca Neves fugiram do mesmo presídio quando estavam
trabalhando na pintura dos muros. A época, a Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária (Seap) informou que comunicou à Corregedoria
do Sistema Prisional do Maranhão a prática indisciplinar dos dois
denominada ‘abuso de confiança’.
Em 2015, outro túnel foi encontrado na UPR 6. Uma inspeção de rotina
encontrou o buraco na cela 8, onde tinha nove detentos. Eles foram
transferidos o local logo após a descoberta.
Este ano, uma rebelião aconteceu em setembro e destruiu parte do
prédio. Os internos colocaram fogo em colchões e depredaram parte da
estrutura do presídio. O Governo do Estado informou à época que não
tiveram reféns, feridos e nem mortos.
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