Volume subiu de 6,5 mil litros por segundo para 67 mil; veja antes e depois.
Em quatro horas, choveu na cidade mais do que no mês de outubro inteiro.
As pedras do fundo do Rio Piracicaba
que estavam aparentes devido à estiagem voltaram a ficar cobertas pela
água nesta segunda-feira (3), após a chuva deste domingo (2). Em quatro
horas, choveu em Piracicaba (SP) mais do que todo volume registrado em
outubro inteiro, conforme informações do Insituto Nacional de
Meteorologia (Inmet). Com isso, a vazão do rio ficou 10 vezes maior,
chegando a 67 mil litros por segundo nesta manhã, de acordo com
informações do Sistema de Telemetria do Consórcio das Bacias dos Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A previsão é de chuva para todos
os dias desta semana.
A chuva teve início por volta das 20h do domingo e foi até 0h desta
segunda. Ao todo foram 36,6 milímetros, volume maior que os 23,5
milímetros registrados em outubro deste ano. Segundo o Departamento de
Águas e Energia (Daee), em 2013, novembro teve 100 milímetros de chuva
acumulada, e outubro do ano passado, 156 milímetros.
O volume de água do Piracicaba na região da Rua do Porto era de 6,5 mil
litros de água por segundo às 8h30 do domingo e, no mesmo horário desta
segunda, chegou aos 67 mil litros de por segundo. A profundidade do
rio nesta manhã era de 1,60 metro, o dobro da registrada no dia
anterior.
Segundo a professora de ecologia da Universidade Metodista de
Piracicaba (Unimep), Silvia Gobbo, a melhora nas condições do rio só
será mantida se as chuvas previstas para os próximos dias se
confirmarem. Caso contrário os níveis devem voltar a baixar e as chances
de mortandade de peixes são grandes.
Espuma branca
A forte chuva também provocou grande quantidade de espuma na água, resultado de diversas substâncias que foram levadas para o manancial. "É como se toda área do entorno do rio fosse lavada pela chuva, e isso arrasta para o rio substâncias como poeira, agrotóxicos do campo, óleo do asfalto, fuligem dos combustíveis dos veículos, entre outros", disse a professora.
A forte chuva também provocou grande quantidade de espuma na água, resultado de diversas substâncias que foram levadas para o manancial. "É como se toda área do entorno do rio fosse lavada pela chuva, e isso arrasta para o rio substâncias como poeira, agrotóxicos do campo, óleo do asfalto, fuligem dos combustíveis dos veículos, entre outros", disse a professora.
De acordo com Silvia Gobbo, esse processo é chamado de poluição difusa e
pode provocar mortandade de peixes caso as precipitações não sejam
constantes. "É a única maneira de o oxigênio da água não diminuir.
Entramos no período de Piracema no sábado (1), então é fundamental que a
chuva não pare", afirmou.
Rio Piracicaba na manhã deste domingo (2) na região da Rua do Porto (Foto: Araripe Castilho/G1)
Na manhã desta segunda-feira (3), água cobria pedras do fundo do Rio Piracicaba (Foto: Leon Botão/G1)
Salto do Rio Piracicaba no dia 7 de outubro (Foto: Leon Botão/G1)
Salto do Rio Piracicaba nesta segunda-feira (3) (Foto: Leon Botão/G1)
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