Adarico Negromonte Filho é considerado foragido desde sexta-feira (14).
Ele deve se entregar ainda pela manhã, afirma advogada que o representa.
O último foragido da Polícia Federal (PF) na sétima fase da Operação
Lava Jato, Adarico Negromonte Filho, deve se entregar na carceragem de Curitiba na manhã desta segunda-feira (24). A informação foi confirmada ao G1
pela advogada que o representa Joyce Roysen. Negromonte é um dos 25
investigados nesta fase da operação e é considerado foragido pela
polícia desde sexta-feira (14). Negromonte é suspeito de ligação com o
doleiro Alberto Youssef. Segundo as investigações, ele levava dinheiro
do escritório do doleiro até os agentes públicos e partidos políticos.
Em documento protocolado na Justiça no dia 18 de novembro, a advogada
reitera um pedido de revogação da prisão temporária do cliente, e diz
que a autoridade policial foi informada sobre a apresentação na
Superintendência da PF em Curitiba. Adarico é irmão do ex-ministro das
Cidades Mário Negromonte (PP-BA).
Deflagrada em março deste ano, a Operação Lava Jato prendeu várias
pessoas, entre elas estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, e o
doleiro Alberto Youssef, acusado de comandar o esquema. O doleiro está
preso na carceragem em Curitiba.
Provas suficientes
A Força-tarefa do Ministério Público Federal considera que já há provas suficientes para pedir a condenação de 15 investigados que estão com a prisão preventiva decretada e seguem na carceragem da Polícia Federal, envolvidos na Operação Lava Jato.
A Força-tarefa do Ministério Público Federal considera que já há provas suficientes para pedir a condenação de 15 investigados que estão com a prisão preventiva decretada e seguem na carceragem da Polícia Federal, envolvidos na Operação Lava Jato.
As denúncias serão apresentadas antes do recesso do Judiciário, no dia
20 de dezembro, e devem atingir 11 executivos de seis grandes
empreiteiras: Camargo Corrêa, Mendes Junior, OAS, Galvão Engenharia,
Engevix e UTC. Nos primeiros depoimentos, alguns executivos alegaram que
foram coagidos a pagar propina para manter os contratos com a
Petrobras.
Saiba mais sobre a Lava Jato
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF
e da Polícia Federal. Ao todo, 24 pessoas foram presas pela PF durante
esta etapa da operação. Porém, ao expirar o prazo da prisão temporária
(de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco), na última terça (18), 11
suspeitos foram liberados. Outras 13 pessoas, entre as quais Renato
Duque, continuam na cadeia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário