Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou às 19h20 para ato na ABI.
Por volta das 18h, grupos chegaram a trocar socos e chutes
Manifestante pró-PT chuta militante de oposição (Foto: Daniel Silveira/G1)
Na calçada do prédio da Associação Brasileita de Imprensa, no Centro do
Rio, dezenas de militantes do PT e da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) ovacionavam, por volta das 18h desta terça-feira (24), o
ex-presidente Lula, pouco antes de ele chegar para ato em defesa da
Petrobras. Do lado contrário, um grupo bem menor, de aproximadamente 15
pessoas, fazia um minipanelaço, gritando "fora PT" e "fora Lula". Após
muita provocação, foram iniciadas pelo menos duas brigas entre os
grupos, com chutes e pontapés.
O pouco policiamento não conseguia conter o tumulto inicialmente. O
tráfego na Rua Araújo Porto Alegre foi totalmente obstruído, obrigando
os veículos a seguirem pela Rua México.
Às 18h15, chegou reforço da Polícia Militar e o trânsito na Araújo
Porto Alegre foi liberado. Os policiais se posicionaram de modo a
proteger o grupo contrário ao PT, que era em número muito menor que os
militantes.
Depois dos dois confrontos físicos entre o grupo contrário ao PT e os
petistas, os opositores se dispersaram. Representes dos sindicatos que
organizam o ato pediam aos seus militantes que não respondessem às
provocações. No entanto, por duas vezes pessoas que passaram pela
calçada e gritaram palavras contrárias ao atual governo foram atacadas
com garrafas de água vazias e insultos. Houve um momento em que
militantes do PT jogaram ovos no grupo que gritava "fora Dilma".
Lula participou de evento na Associação Brasileira de Imprensa (Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)
Lula aplaude e sorri durante evento na ABI (Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)
Lula chega sem tumultoO ato “Defender a Petrobras é defender o Brasil” foi convocado pela CUT e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Por volta das 19h20, o ex-presidente Lula chegou ao local sem qualquer tumulto e sua participação no ato foi transmitida ao público que se aglomerava na calçada da ABI. Além de Lula, estavam previstos para participar do ato sindicalistas, advogados, jornalistas e intelectuais.
No manifesto dos organizadores do ato, o grupo diz que há uma "campanha visando à desmoralização da Petrobrás, com reflexos diretos sobre o setor de Óleo e Gás, responsável por investimentos e geração de empregos em todo o País; campanha que já prejudicou a empresa e o setor em escala muito superior à dos desvios investigados".
Na calçada da ABI, um telão mostrou discurso de
Lula (Foto: Daniel Silveira/G1)
Lula (Foto: Daniel Silveira/G1)
Com a camisa rasgada e exibindo o crachá de funcionário da Petrobras
quebrado, o engenheiro Vinicius Prado, de 27 anos, disse que fez questão
de ir para a porta da ABI para se posicionar contra a presença do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um ato em defesa da estatal.
Ele foi agredido por militantes petistas que o atacaram enquanto ele
gritava com outras pessoas palavras contra o partido.
Prado diz que acha um "absurdo" Lula falar em defesa da Petrobras. Segundo o engenheiro, "isso tudo começou com ele lá".
Homem diz ter sido agredido em protesto na Petrobras (Foto: Daniel Silveira / G1)
Militantes brigaram em frente à sede da ABI, em ato pela Petrobras (Foto: Erbs Jr./Frame/Estadão Conteúdo)
Grupos trocaram provocações e houve briga (Foto: Daniel Silveira/G1)
Policiais na porta da ABI (Foto: Daniel Silveira/G1)
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