ovens protestaram em frente e dentro do estabelecimento em Ribeirão Preto.
Advogado das vítimas confirma que bar tenta resolução amigável para o caso.
Casais se beijam dentro de bar em Ribeirão contra suposto caso de homofobia (Foto: Fernanda Testa/G1)
Cerca de 50 pessoas participaram de um "beijaço" neste sábado (31)
dentro do Milwaukee American Bar, em Ribeirão Preto (SP), em protesto
contra a suposta expulsão de um casal de mulheres do estabelecimento,
após um beijo em público. O caso foi registrado na Polícia Civil pelas
vítimas e tomou grande repercussão nas redes sociais: internautas
classificaram a atitude do estabelecimento como homofóbica.
Em nota, o bar negou a expulsão baseada em critérios de orientação
sexual, mas alegou que as garotas faziam parte de um grupo com "conduta
inapropriada" e que tumultuava o ambiente.
Neste sábado, os manifestantes se concentraram na rotatória entre as
avenidas Portugal, Nove de Julho e Antônio Diederichsen, a cerca de 500
metros do estabelecimento, e depois seguiram em passeata até o bar. A
Polícia Militar acompanhou o trajeto e auxiliou no bloqueio do trânsito.
Munidos de cartazes com mensagens contra homofobia, os manifestantes se
agruparam na calçada do Milwaukee, onde quatro casais aderiram ao
'beijaço'.
As vítimas do suposto caso de homofobia não participaram do ato, mas foram representadas pelo advogado Alexandre Bonilha.
Casal de mulheres se beija em frente a bar, durante
protesto em Ribeirão (Foto: Fernanda Testa/G1)
protesto em Ribeirão (Foto: Fernanda Testa/G1)
Após uma hora de negociação entre Bonilha e representantes do
estabelecimento, o grupo foi autorizado a realizar o "beijaço" dentro do
bar, sob orientação de que deixassem os cartazes do lado de fora. "Todo
tipo de manifestação é bem vinda, desde que pacífica e organizada. O
bar é a favor de qualquer tipo de manifestação e apoia todo ato que seja
feito para o bem", disse o advogado Fábio Esteves Carvalho,
representante do Milwaukee.
Segundo Carvalho, os proprietários do estabelecimento entraram em
contato com as vítimas do suposto caso de homofobia para tentar uma
solução amigável. O advogado das vítimas confirmou a tentativa de
conciliação, mas disse que as jovens esperam uma retratação do bar.
"Caso não haja resolução amigável, a casa poderá ser multada e ter o
estabelecimento fechado, além da medida judicial que se pleiteará em
indenização por danos morais", afirmou Bonilha.
Manifestantes percorreram trecho da Avenida
Francisco Junqueira durante protesto contra
homofobia (Foto: Fernanda Testa/G1)
O casoFrancisco Junqueira durante protesto contra
homofobia (Foto: Fernanda Testa/G1)
A suposta expulsão do casal de mulheres ocorreu no último domingo (25). As garotas, de 22 e 23 anos, que não quiseram se identificar, contaram que após um beijo em público, em frente ao palco do estabelecimento, foram abordadas por um segurança e posteriormente expulsas pelo gerente da casa. Segundo uma das estudantes, a confusão ocorreu ao final do show da banda que se apresentava.
Uma das vítimas disse que outros clientes do bar reprovaram a atitude da gerência do bar. Segundo ela, um amigo se manifestou contra a expulsão e também foi retirado à força do estabelecimento. No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, os três são apontados como vítimas de constrangimento ilegal.
As jovens também denunciaram o caso à Central de Direitos Humanos da Comissão da Diversidade e Combate à Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP) e ao Conselho Municipal em Atenção à Diversidade Sexual de Ribeirão Preto.
Protesto contra homofobia reuniu cerca de 50 manifestantes em frente a bar (Foto: Fernanda Testa/G1)
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