Expectativa é que nome de novo presidente seja anunciado até o fim do dia.
Graça Foster e mais cinco diretores anunciaram renúncia na quarta-feira.
O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira
(5), em São Paulo, para eleger a nova diretoria da companhia, após a renúncia coletiva de Graça Foster e mais 5 diretores.
A grande expectativa é em relação ao anúncio do nome do novo presidente
da petroleira. Segundo o representante dos funcionários no conselho,
Silvio Sinedino, o início da reunião está previsto para as 9h.
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO QUE IRÁ ELEGER NOVA DIRETORIA DA PETROBRAS |
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Presidente Guido Mantega |
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Representantes indicados pelo governo federal: Graça Foster Luciano Coutinho Francisco Roberto de Albuquerque Sérgio Franklin Quintella Miriam Aparecida Belchior Márcio Pereira Zimmermann |
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Representante dos acionistas preferencialistas José Guimarães Monforte |
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Representante dos acionistas minoritários Mauro Gentile Rodrigues da Cunha |
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Representante dos empregados da empresa Sílvio Sinedino Pinheiro |
Tradicionalmente, a escolha do executivo nº 1 da companhia é definida
pelo governo federal, uma vez que este é o acionista majoritário da Petrobras e controla 7 dos 10 assentos no Conselho.
O prazo apertado de apenas 48h e a situação conturbada que vive a
empresa no momento, entretanto, sem ainda ter conseguido divulgar um
balanço auditado do 3º trimesTre de 2014, podem ter dificultado o
processo de definição do sucessor de Graça Foster.
Com pouco tempo para decidir, a presidente Dilma Roussef deve se concentrar num nome em que tenha confiança, informa o blog do Camarotti.
Na lista de apostas
apareciam os nomes Murilo Ferreira (atual presidente da Vale), Luciano
Coutinho (presidente do BNDES e integrante do conselho da Petrobras),
Rodolfo Landim (ex-diretor da Petrobras e ex-presidente da OGX), Roger
Agnelli (ex-presidente da Vale), Henrique Meirelles (ex-presidente do
Banco Central) e Eduarda La Rocque (ex-secretária da Fazenda do
município do Rio de Janeiro).
A saída de Graça e dos diretores Almir Guilherme Barbassa (diretor
financeiro e de relacionamento com investidores), José Miranda Formigli
(diretor de exploração e produção), José Carlos Cosenza (diretor de
Abastecimento), José Alcides Santoro (diretor de gás e energia) e José
Antônio de Figueiredo (diretor de engenharia, tecnologia e materiais)
foi comunicada pela empresa ao mercado na quarta-feira (4) e terá efeito
a partir desta sexta-feira.
No comunicado de quarta-feira, a Petrobras informou apenas que o
Conselho se reunirá nesta sexta para eleger os novos membros da
diretoria, sem dar mais detalhes sobre como será feita a escolha e a
eleição.
O BTG Pactual disse em nota a clientes que o analista da casa Gustavo
Gattass considera que a chance de ver algum "nome de peso" sendo
confirmado não é tão alta assim, informa a Reuters. Para o banco de
investimento, "na melhor das hipóteses", o novo presidente será alguém
menos conhecido pelo mercado, mas com capacidade técnica de entregar uma
boa execução e estratégia, e com isso ganhar confiança ao longo do
tempo.
Integrantes do Conselho
O Conselho é formado atualmente pelos seguintes integrantes: Guido Mantega (presidente do conselho), Maria das Graças Silva Foster, Luciano Coutinho (presidente do BNDES), Francisco Roberto de Albuquerque, Márcio Zimmermann, Sérgio Franklin Quintella, Miriam Belchior, José Guimarães Monforte, Mauro Gentile Rodrigues da Cunha e Sílvio Sinedino Pinheiro.
O Conselho é formado atualmente pelos seguintes integrantes: Guido Mantega (presidente do conselho), Maria das Graças Silva Foster, Luciano Coutinho (presidente do BNDES), Francisco Roberto de Albuquerque, Márcio Zimmermann, Sérgio Franklin Quintella, Miriam Belchior, José Guimarães Monforte, Mauro Gentile Rodrigues da Cunha e Sílvio Sinedino Pinheiro.
Será a primeira vez que o conselho da Petrobras vai se reunir também
com o comitê especial criado para atuar como interlocutor das
investigações internas sobre corrupção na empresa. O grupo é formado
pelo novo diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras, João
Elek Junior, que permanece no cargo, pela ex-ministra do Supremo
Tribunal Federal Ellen Gracie e pelo ex-executivo-chefe de Compliance da
Siemens AG Andreas Pohlmann, destaca a Reuters.
A expectativa é que sejam apresentadas as primeiras informações das investigações conduzidas pelos escritórios Trench, Rossi e Watanabe e Gibson, Dunn & Crutcher, contratados pela Petrobras. Os dois escritórios foram contratados para apurar a natureza, extensão e impacto das denúncias que têm atingido a estatal.
A expectativa é que sejam apresentadas as primeiras informações das investigações conduzidas pelos escritórios Trench, Rossi e Watanabe e Gibson, Dunn & Crutcher, contratados pela Petrobras. Os dois escritórios foram contratados para apurar a natureza, extensão e impacto das denúncias que têm atingido a estatal.
Investigações sobre corrupção
A saída da diretoria acontece em meio às investigações da Operação Lava Jato e à dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.
A saída da diretoria acontece em meio às investigações da Operação Lava Jato e à dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.
O governo vinha sofrendo pressão do mercado pela troca da diretoria
executiva, cuja gestão foi marcada pelas graves denúncias de corrupção e
pelo acúmulo de resultados negativos.
Embora a maior parte dos problemas tenha sido agravada por decisões
feitas antes da chegada de Graça Foster à presidência da estatal, a
executiva – ainda que não tenha sido implicada diretamente nas
investigações da Lava Jato – acabou perdendo as condições políticas para
se manter no cargo.
Desafios da nova diretoria
O sucessor de Graça Foster irá encontrar uma empresa desacreditada, altamente endividada, com dificuldades de caixa para financiar os seus novos projetos e no centro do “maior caso de corrupção da história do Brasil", conforme definiu o procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Julio Marcelo de Oliveira.
O sucessor de Graça Foster irá encontrar uma empresa desacreditada, altamente endividada, com dificuldades de caixa para financiar os seus novos projetos e no centro do “maior caso de corrupção da história do Brasil", conforme definiu o procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Julio Marcelo de Oliveira.
Entre os principais desafios do novo presidente –
ou nova presidente – estão formar um novo time de executivos de
primeiro escalão; implementar um novo modelo de gestão com mais
autonomia e transparência; revisar o plano de investimentos e
desinvestimentos (venda de ativos) da empresa; e dimensionar o rombo
provocado pela corrupção bem como eventuais perdas que a companhia pode
sofrer no futuro em decorrência das investigações da operação Lava jato e
das ações movidas por acionistas nos Estados Unidos que acusam empresa
de ter divulgado informações enganosas e de ter superfaturado o valor de
suas propriedades.
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