Delegado afirma que jovem levou tiro no peito ao testar arma.
Irmão mentiu quando disse que homens teriam atirado contra vítima.
James Rodrigo morreu com tiro acidental
(Foto: Reprodução/Facebook)
(Foto: Reprodução/Facebook)
As investigações da morte do torneiro mecânico James Rodrigo Silva
Canto, de 23 anos, apontam que ele foi atingido com um tiro acidental
disparado por uma arma de fabricação caseira. Segundo a Polícia Civil, o
jovem teria fabricado a arma artesanal em forma de caneta e o disparo
aconteceu quando ele testava o artefato na última sexta-feira (13), em Ariquemes
(RO). O irmão de 19 anos, que socorreu a vítima, teria mentido à
polícia e disse que dois homens em uma motocicleta teriam cometido o
crime.
Em uma primeira versão, o irmão contou à polícia que ambos estavam em
frente ao local de trabalho de James, quando dois suspeitos chegaram,
atiraram em direção ao torneiro mecânico e fugiram. A testemunha ainda
alegou que não chamou a polícia no momento do crime, pois estaria
prestando socorro à vítima.
O delegado Ricardo Rodrigues afirma que após a morte de James, o
familiar confessou a verdade sobre o episódio. "Ouvimos testemunhas que
confirmaram o tiro acidental. A vítima fabricou a arma, que é uma caneta
com munição. Quando testava, a arma disparou e ele foi atingido no
peito", explica.
Ao G1, um tio de Canto, que preferiu não se
identificar, expõe que a vítima fabricou a arma. "Ele é torneiro
mecânico e fez uma caneta com uma balinha dentro. Foi testar e acho que
virou para ele. Disseram que foi um buraquinho de nada, mas que o matou.
Ele era do bem, rapaz trabalhador. O irmão estava com a cabeça quente e
mentiu", lamenta.
Um primo, que também não quis ter o nome divulgado, comenta que a
munição era de calibre 22. Segundo o familiar, foi a própria vítima que
pediu para o irmão mentir. "Foi o James que mandou o irmão falar aquilo
para a polícia antes de morrer. Ele chegou respirando ao hospital, mas
não resistiu. O erro foi do James. Foram dados muitos conselhos pra ele
não fazer a arma", ressalta.
PM estava no hospital quando rapaz baleado
chegou (Foto: Ariquemes 190/Reprodução)
chegou (Foto: Ariquemes 190/Reprodução)
O G1 entrou em contato com o irmão que diz não querer
falar sobre o assunto. "Por enquanto não quero falar sobre o que
aconteceu. Eu vi meu irmão morrer nos meus braços e quero esquecer o que
passou", afirma.
A tornearia, onde aconteceu o acidente, deve ficar fechada até o fim da
perícia. De acordo com a Polícia Civil, o irmão poderia responder por
falsa comunicação de crime, mas como se retratou, não deve ser
responsabilizado.
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