Mariana Jungmann/Agência Brasil
O acesso à Câmara será pelas entradas dos edifícios anexos.
BRASÍLIA
- Nos próximos dias 15, 16 e 17 de abril a Câmara dos Deputados deverá
ficar pequena diante do número de pessoas que pretendem acompanhar de
perto, nas dependências da Casa, a votação em plenário da
admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff. O acesso será restrito e haverá um credenciamento especial
para garantir que a lotação obedeça regras de segurança estabelecidas
pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Somente em relação à
imprensa, mais de mil jornalistas solicitaram credenciamento à
assessoria de comunicação da Câmara. A expectativa é de que cerca de 400
sejam atendidos, incluindo equipes de televisão, rádio, jornais
impressos e agências de notícia on-line, além de
correspondentes de todos os grandes veículos internacionais. A
preocupação em dar visibilidade ao processo para o mundo fez com que o
acesso dos jornalistas estrangeiros esteja garantido inclusive dentro do
plenário, onde apenas 40 repórteres e fotojornalistas terão acesso.
Fotógrafos
também vão ter prioridade, com as equipes de televisão, no acesso aos
200 lugares das galerias, onde se tem visão privilegiada do plenário
pelo alto. Os caminhões de link para que os repórteres de
televisão possam entrar ao vivo deverão ser estacionados nas
proximidades do Congresso Nacional até esta quinta-feira (14) à noite.
Depois disso, as duas vias do Eixo Monumental que passam na lateral do
prédio serão fechadas pela segurança pública de Brasília a partir da
meia-noite de amanhã (15).
Para chegar à Câmara a partir desta
sexta-feira, o acesso deverá ser feito pelas entradas dos edifícios
anexos, que ficam na via S2. Na entrada, todos deverão apresentar o selo
holográfico que será distribuído, identificando as pessoas credenciadas
para acompanhar os trabalhos de votação que devem se estender por 60
horas ininterruptas.
Os jornalistas não são os únicos com acesso
restrito. Funcionários da Câmara também não devem entrar no prédio se
não estiverem convocados para trabalhar. Nesse caso, estarão aptos a
comparecer aqueles que vão se alternar atendendo à Mesa Diretora, cerca
de 75 assessores de partidos políticos e policiais legislativos. A
entrada também é franqueada a ex-deputados e aos senadores, além dos 513
deputados em exercício que vão votar. A segurança da Câmara não
forneceu números de quantas pessoas ao todo devem circular na Casa por
dia.
O processo de discussão sobre a admissibilidade do
impeachment começará às 8h55 de amanhã, com a abertura de inscrição, por
duas horas, para os deputados discursarem. Enquanto a inscrição ocorre,
os advogados que apresentaram o pedido de impedimento da presidenta
terão 25 minutos para falar. Em seguida, serão concedidos 25 minutos
para a defesa de Dilma Rousseff. Depois disso, os parlamentares devem
fazer seus discursos ao longo de sexta-feira e sábado. A votação deve
ocorrer somente na noite de domingo (17), com chamada nominal dos
deputados.
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