Marli Moreira/Agência Brasil
Pesquisa mostra os aumentos perderam força em vestuário.
SÃO
PAULO - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou
leve redução no ritmo de alta, na primeira quadrissemana de abril, ao
passar de 0,5% (fechamento de março) para 0,48%. Cinco dos oito grupos
pesquisados tiveram decréscimo, com destaque para transporte com
elevação de 0,29%, bem abaixo do resultado do encerramento de março
(0,43%). Essa redução na velocidade de aumento deste grupo foi
influenciada pelo preço da gasolina (de 0,07% para -0,33%).
O
IPC-S é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação
Getúlio Vargas (Ibre/FGV), com base na coleta de dados em Salvador,
Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto
Alegre. O levantamento é semanal e comparado às variações das últimas
quatro semanas.
Queda
A pesquisa mostra
que, além de transportes, os aumentos perderam força em vestuário (de
0,32% para 0,23%); comunicação (de 0,70% para 0,47%) e despesas diversas
(1,02% para 0,69%). No grupo habitação, os preços caíram com mais
intensidade (de -0,15% para -0,19%).
Em sentido oposto, subiram os
preços em saúde e cuidados pessoais (de 0,64% para 0,84%). Neste caso,
sob o efeito do reajuste dos medicamentos (de 0,17% para 0,81%). Em
educação, leitura e recreação, houve leve correção para cima (de 0,19%
para 0,21%), motivada pela elevação de passagens aéreas (de -8,01% para
1,18%).
Houve alta ainda em alimentação (de 1,15% para 1,22%),
refletindo, principalmente, nas hortaliças e legumes (de 0,67% para
1,48%).
Os cinco itens que mais pressionaram a inflação foram
mamão papaya (29,57%); planos e seguros de saúde (1,05%); refeições em
bares e restaurantes (0,57%); leite tipo longa vida (4,52%) e aluguel
residencial (0,62%).
Já os cinco itens que ajudaram a compensar
essas elevações foram a tarifa de eletricidade residencial (-3,45%);
tomate (-7,32%); excursão e tour (-2,54%); cebola (-5,92%) e gasolina
(-0,33%).
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