Recursos
Segundo
divulgou o Dieese, gratificação natalina beneficiará 1.799.519
trabalhadores do mercado formal, além de aposentados e pensionistas
O
pagamento do 13º salário injetará R$ 2.893.017.079,00 na economia do
Maranhão este ano, valor que representa 3,4% do Produto Interno Bruto
(PIB) do estado, de acordo com dados do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A gratificação natalina,
como também é conhecido o benefício, irá alcançar 1.799.519
trabalhadores do mercado formal maranhense (incluindo empregados
domésticos), além de aposentados e pensionistas.
Conforme previsto
em lei, o 13º salário deve ser pago em duas parcelas – a primeira até
30 de novembro e a segunda, até 20 de dezembro. E justamente nesses dois
últimos meses do ano é que a quase totalidade do valor a ser pago
circula na economia, tendo como destino o pagamento de dívidas, consumo e
quando possível, a poupança.
O valor médio do 13o salário a ser
pago este ano no Maranhão corresponde a R$ 1.509,71, sendo o menor no
país, juntamente com o estado do Piauí (ambos com média próxima). A
média mais alta é verificada no Distrito Federal, em torno de R$
4.234,00. Vale ressaltar que essas médias não incluem o pessoal
aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos municípios, pois não
foi possível obter esses dados.
Os assalariados do setor público e
privado e empregados domésticos com carteira assinada, que compõem o
mercado formal de trabalho, correspondem a 39,9% dos beneficiários do
13º salário este ano no Maranhão, para os quais serão pagos o montante
de R$ 1.622.201.430,00 (56,1% do total). No caso dos empregados
domésticos, são 17 mil beneficiários no estado, para o pagamento de R$
16.558.000,00.
Já os aposentados e pensionistas, que compreendem o
Regime Geral da Previdência Social e Regime Próprio do Estado e
Municípios, correspondem a 60,1% dos beneficiários. O valor a ser
destinado para esse segmento é de R$ R$ 1.270.815.649,00 (43,9% do
total).
Cálculo
O cálculo leva em conta
dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho.
Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria Nacional do
Tesouro (STN).
No caso da Rais, o Dieese considerou todos os
assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos
setores público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam
em dezembro de 2016, mais o saldo do Caged de 2017 (até agosto). Da
Pnad, foi utilizado o contingente estimado de empregados domésticos com
registro em carteira. Foram considerados ainda os beneficiários
(aposentados e pensionistas) que, em julho de 2017, recebiam proventos
do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), do Regime Próprio da
União e dos estados e municípios.
Para o cálculo do impacto do
pagamento do 13º salário, o Dieese não leva em conta autônomos,
assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção
no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono
de fim de ano, uma vez que dados sobre esses proventos são de difícil
mensuração.
Mais
13º salário
Esta
gratificação é concedida anualmente, em duas parcelas. A primeira,
entre os meses de fevereiro e novembro, no valor correspondente à metade
do salário do mês anterior, e a segunda, até o dia 20 de dezembro, no
valor da remuneração de dezembro, descontado o adiantamento feito.
Se
o(a) empregado(a) quiser receber o adiantamento, por ocasião das
férias, deverá requerer no mês de janeiro do ano correspondente (Art.
7º, parágrafo único, da Constituição Federal, Lei nº 4.090, de 13 de
julho de 1962, e regulamentada pelo Decreto nº 57.155, de 3 de novembro
de 1965).
Números
R$ 2,8
Bilhões é o montante a ser pago em 13o salário este ano no Maranhão, segundo dados do Dieese
1.799.519
Trabalhadores do mercado formal, além de aposentados e pensionistas, receberão o benefício no estado
Recursos do 13º salário serão destinados principalmente para o pagamento de dívidas
De
acordo pesquisa realizada pela Anefac, 85% de consumidores
entrevistados disseram que vão utilizar a gratificação natalina para
quitar dívidas já contraídas e apenas 4% têm a intenção de poupar os
recursos
Pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de
Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) referente à utilização
do 13º salário, realizada com 1.045 consumidores de todas as classes
sociais, revelou que 85% dos entrevistados pretendem utilizar os
recursos este ano para o pagamento de dívidas já contraídas, aumento de
aumento de 4,94% em relação a 2016.
Segundo os dados levantados
pela Anefac, grande parte dos consumidores (94%) tem dívidas contraídas
no cheque especial e no cartão de crédito e pretendem utilizar os
recursos do 13º salário para estar regularizando as mesmas.
Nesse
contexto, o cartão de crédito é a linha de crédito com maior peso na
composição das dívidas em aberto dos consumidores tendo atingido em
2017, 51% do total (crescimento de 6,25% sobre 2016) contra 43% do
cheque especial (elevação de 4,88% sobre 2016).
A pesquisa mostrou
que houve igualmente uma redução no percentual de consumidores que
pretendem poupar parte do que sobrará de seu 13º salário para as
despesas de começo do ano - IPVA, IPTU, material e matriculas escolares -
redução de 33,33% sobre 2016.
Para o diretor executivo de Estudos
e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, esse
comportamento se deve ao fato de que com o maior endividamento das
famílias, a maior parte destes recursos será destinada ao pagamento de
dívidas, o que reduz o volume de recursos que sobra para aplicações
financeiras.
Diante dessa realidade mostrada pela pesquisa, a
orientação da Anefac é que o trabalhador use o 13º preferencialmente no
pagamento de dívidas, principalmente aquelas que embutem encargos
maiores como o cartão de crédito rotativo e o cheque especial, no qual
na média atinge 12,89% ao mês (328,42% ao ano) e 12,33% ao mês (303,60%
ao ano) respectivamente
Quitadas as dívidas, o consumidor deve, se
possível, reservar recursos para as despesas de começo do ano (IPTU,
IPVA e de despesas escolares (livros, uniformes e matriculas) além das
compras de natal, para evitar entrar novamente no vermelho no começo do
próximo ano.
Produtos
Na pesquisa sobre
intenção de gastos do consumidor com compras natalinas, verificou-se que
os produtos que mais vão atrair os recursos do 13º salário serão:
roupas com 70%, celulares 61%; e bens diversos com 59%.
Diversos
segmentos (quase a totalidade de compras) apresentaram redução na
intenção de gastos dos consumidores, como eletrônicos, celulares, linha
branca, informática e materiais de construção, demonstrando uma maior
cautela seja por conta de um ano mais difícil (recessão econômica,
desemprego maior, e juros altos) seja por conta da continuidade de piora
das expectativas econômicas para o ano de 2018.
Um dado que chama
a atenção é a redução de compras de brinquedos, que pode ser atribuída à
mudança de hábitos de consumo deste público que vem preferindo cada vez
mais produtos eletrônicos e celulares.
A pesquisa demonstra
claramente a preocupação dos consumidores em reduzir o volume de seus
gastos neste Natal. Assim 95% dos consumidores pretendem gastar no natal
até R$ 500,00, contra 94% em 2016.
Números
85%
Dos entrevistados pretendem utilizar os recursos este ano para o pagamento de dívidas já contraídas
1.045
Consumidores de todas as classes sociais foram entrevistados na pesquisa realizada pela Anefac
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