Estudo
Pesquisa estuda tratamentos para alguns tipos de cânceres raros.
Agência Brasil
No estudo, pacientes em tratamento nos centros de pesquisa servirão de amostra. (Foto: Reprodução)
BRASÍLIA
- Cientistas brasileiros e franceses se uniram na pesquisa de
tratamentos para alguns tipos de cânceres raros, a começar pelos
sarcomas. A parceria foi firmada na semana passada, entre o Hospital A.
C. Camargo Câncer Center, que oferece diagnóstico, tratamento, ensino e
pesquisa no Brasil, e um dos mais respeitados centros europeus de
pesquisa do câncer, o Institut Curie, fundação privada e sem fins
lucrativos da França.
A superintendente de
pesquisa do A. C. Camargo, Vilma Martins, explica que sarcomas são
tumores com 70 subtipos que afetam as estruturas moles, que correspondem
à metade do peso do corpo humano, como músculos, gordura, tendões e
nervos periféricos. O paciente com sarcoma apresenta um pequeno nódulo
indolor, chamado de lobinho, no local afetado. O nódulo cresce rápido e
pode atingir grandes dimensões.
“Sarcomas
são relativamente raros e também são agressivos. Há poucas
possibilidades terapêuticas”, esclarece a especialista. O tratamento
envolve cirurgia para a retirada do tumor, radioterapia antes ou após a
cirurgia e quimioterapia, usada para diminuir a incidência de
metástases. Em sarcomas de alto grau, são combinadas as três
modalidades.
No estudo, pacientes em
tratamento nos centros de pesquisa servirão de amostra. Médicos,
residentes e cientistas farão intercâmbio entre os dois países para a
troca de informações. “Isso vai agregar pessoas também de outras áreas.
Será promissor”, afirma a superintendente. Segundo ela, a parceria não
tem prazo de término e existe a expectativa de que o combate a outros
tipos de cânceres raros também sejam estudados.
Radioterapia
Outro
foco da fase inicial da pesquisa será a colaboração de avanços na
radioterapia. “Temos todo o entendimento de novas abordagens para
diferentes tumores” disse Vilma. O A.C.Camargo já atingiu nível máximo
de acreditação no setor de radioterapia pela Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário