Como se proteger
Unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) realizam diagnóstico para a doença.
Agência Brasil03
Doença pode ser identificada pelo teste rápido. (Foto: Reprodução)
BRASÍLIA
- Ela surge como uma pequena ferida nos órgãos sexuais, não dói, não
coça e não arde. Depois de um tempo, a ferida desaparece sem deixar
cicatriz e dá à pessoa a falsa impressão de estar curada.
Como
a doença não foi tratada, ela continua a avançar no organismo e
reaparece, dessa vez com manchas em várias partes do corpo, queda de
cabelo, cegueira, doença do coração e paralisias. Em grávidas, causa até
aborto e má formação do feto.
Esses são os
principais sintomas da sífilis, doença sexualmente transmissível que tem
se alastrado pelo País desde 2010. Só no ano passado, foram registrados
87.593 mil casos em adultos. Para 2017, a projeção do Ministério de
Saúde é de 94.460.
Causada pela bactéria
Treponema pallidum, que invade o corpo em fases, a doença é transmitida
de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem
preservativos), transfusão de sangue contaminado (o que hoje em dia é
muito raro, em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e
o parto (da mãe infectada para o bebê).
Dessa
forma, para evitar a contaminação, é necessário fazer uso regular de
preservativos, além do diagnóstico precoce em mulheres em idade
reprodutiva, com intenção de engravidar, e em parceiros.
Por
meio de ações e estratégias, o Governo do Brasil tem intensificado o
combate à doença. Em 2016, por exemplo, foi lançada uma campanha
nacional para mobilizar gestores e profissionais de saúde para a
importância da detecção e do tratamento da sífilis durante o pré-natal.
Neste
ano, foram liberados R$ 200 milhões para os municípios aplicarem no
tratamento e principalmente no diagnóstico, já que muitas vezes a
sífilis pode ser confundida com outras doenças. A prioridade são 100
cidades que concentram 60% dos casos da doença.
Testes rápidos
Nas
unidades do Sistema Único de Saúde, é possível realizar o teste rápido
para identificar a sífilis. Entre 2001 e 2015, o Ministério da Saúde
aumentou em mais de quatro vezes a quantidade de testes distribuídos a
estados e municípios, passando de 1,1 milhão para 6,1 milhões
Para
as gestantes, a indicação da realização dos testes rápidos é feita já
na primeira consulta do pré-natal, o que reforça a importância de
iniciar o acompanhamento médico ainda no primeiro trimestre da gravidez.
Quando a grávida infectada passa pela terapia adequada, é possível
evitar que o bebê tenha a doença.
Tratamento
Tanto
em grávidas quanto em outras pessoas, o tratamento para curar a sífilis
é feito, principalmente, por meio de antibióticos, como a penicilina. O
Governo do Brasil já garantiu a aquisição de 2,5 milhões de ampolas de
penicilina benzatina, para o tratamento da sífilis adquirida em
gestantes e 450 mil ampolas da penicilina cristalina para bebês. Essa
quantidade irá garantir o abastecimento dos remédios nas unidades do SUS
até 2019.
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