A rotina de realização de provas deve atender a finalidades pedagógicas. Elas precisam ser pensadas como parte de um conjunto maior, formado por diversas estratégias e instrumentos de avaliação. Definir uma quantidade padronizada de testes para todas as áreas do conhecimento não é uma boa forma de acompanhar a aprendizagem dos alunos. É preciso questionar: a que se destinam as provas? E a resposta tem de ser dada com base nas diferentes funções que a avaliação pode assumir nas práticas pedagógicas: diagnóstica, formativa e somativa. Se sua intenção é analisar o progresso dos alunos na resolução de problemas matemáticos, por exemplo, uma ideia é propor uma atividade diagnóstica no início da sequência didática e uma prova no final. Se o objetivo é familiarizar a turma com o modelo de questões da Prova Brasil, pode ser útil realizar alguns testes ao longo do semestre. Já quando a proposta é avaliar os conhecimentos dos estudantes no eixo da comunicação oral, deixe de lado a prova escrita e opte por fichas de observação e registro. Lembre-se de que é importante construir critérios didáticos sobre por que, para que e quando dar provas. A validade desse instrumento aumenta quando ele está inserido em momentos de pausas avaliativas previamente definidas nas propostas pedagógicas e ao considerar as diferentes etapas da aprendizagem: construção, sistematização e institucionalização do conhecimento.
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