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Uma pediatra foi afastada do trabalho após se recusar a atender duas
crianças e rasgar o prontuário de uma delas na madrugada de sábado (21),
no Hospital Geral da Vila Penteado, na zona norte de São Paulo. Um
vídeo feito pelo pai de uma das pacientes mostra a ação.
Edinei Brandão de Souza, pai da menina de 4 anos, disse que a confusão
começou porque a médica não quis atender uma outra criança que estava
com uma infecção no ouvido. "Ela chegou a atender minha filha, viu que
ela estava com 38,5º C de febre e recomendou uma medicação. Depois de se
descontrolar e recusar atender a filha de uma outra mulher, começou a
gritar e disse que o meu caso não era grave", afirmou.
O pai da menina disse que aguardava em fila para que a filha dele, com
dor de garganta, fosse medicada quando a médica falou que não atenderia a
criança diagnosticada com infecção porque o caso não era grave. A mãe
da criança saiu do hospital e disse que chamaria a polícia, quando foi
acompanhada pela médica, que gritava com ela.
O homem começou a filmar e disse que os gritos estavam assustando sua
filha. Enquanto filmava a ação, o ele pede para que a médica pare com o
barulho e ameaça acionar a polícia, mas a profissional disse não se
importar, pois já havia ido diversas vezes a delegacias.
Nas imagens, a mulher dá tapas em objetos de metal e chega a dizer que
vai "quebrar o celular" do homem para que ele pare a gravação.
Segundo Brandão, a médica voltou atrás momentos depois e disse que
atenderia a filha dele, mas em troca o homem deveria apagar os vídeos
que ele fez no hospital. O homem recusou a proposta e acionou a Polícia
Militar. A filha dele foi atendida por outro profissional depois de
cerca de 15 minutos.
Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou que foi aberta uma
sindicância interna para apurar as circunstâncias do atendimento. A
mulher poderá perder o cargo.
A secretaria disse ainda que o "Hospital Geral de Vila Penteado informa
que todos os funcionários da unidade são orientados a tratar os
pacientes com respeito e cordialidade. A direção da unidade considera
inadmissível esse tipo de atitude antiprofissional, que desrespeita o
paciente e os demais colegas de trabalho."
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