Suspeita de participar da quadrilha que lavava dinheiro e desviava
recursos de fundo de pensão, a modelo e agente de investimentos Luciane
Hoepers disse que não oferecia vantagens indevidas a prefeitos e que
apenas negociava investimentos.
Em entrevista exibida ontem pelo "Fantástico", da TV Globo, Luciane
disse que não poderia ser "condenada a ser prostituta" por ser bonita,
criticou o "sensacionalismo" e desafiou a Polícia Federal a apresentar
provas.
"Só porque sou bonita eu sou condenada a ser prostituta? Só porque sou
bonita eu não tenho capacidade para convencer que o instituto de
previdência possa investir num fundo que está sendo mais rentável? Se
tiver alguma escuta que coloque eu como prostituta, cobrando ou me
oferecendo para ir para a cama, que a delegada solte e comprove", disse.
Reinaldo Gama/UOL
Luciane Hoepers, 33, é loira, tem olhos verdes e aparece em fotos e
imagens sensuais, todas espalhadas pela internet. Ela ficou cinco dias
presa e foi indiciada por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Ao "Fantástico", Luciane negou ainda que houvesse pagamento de propina a
prefeitos e disse que, mesmo que houvesse algum tipo aliciamento, isso
não seria suficiente para fechar o negócio. "Não houve pagamento de
propina algum. A gente fazia intermédio de fundo de investimento e
recebíamos a corretagem".
"Mesmo que fosse realidade eu aliciar prefeito, ele não precisa assinar.
Quem assina são os gestores. O que o prefeito ia fazer? Colocar
revolver e mandar assinar? Ia ameaçar de exonerar? Ia fazer isso por
causa de uma loira ou uma morena?", completou.
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