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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Com celular, advogada registra tornado que arrasou Taquarituba

  G1
 
Uma moradora de Itaberá, interior de SP, registrou com o celular o tornado que deixou um rastro de morte e destruição em Taquarituba na tarde deste domingo (22). O tornado matou duas pessoas e deixou 66 feridos, além de centenas de desabrigados.
A advogada Tassiane Faé Gomes, de 25 anos, gravou o momento em que o carro onde ela estava entra no meio da tempestade (Veja o vídeo ao lado). Assustados com a força dos ventos e com a visão de galhos de árvore e telhas voando, ela e o namorado decidem voltar pelo caminho de onde vieram.
Tassiane conta que voltava de Carlópolis (PR), a 55 km de Taquarituba, quando percebeu a grande nuvem em formato de funil. “A gente estava seguindo pela estrada quando vimos a nuvem, estava muito baixa e seguia paralela à estrada. Só conseguimos ultrapassar a nuvem depois de um tempo, porque ela era muito grande e se movia com velocidade”, relata.
Ao chegar à entrada de Taquarituba, o casal acabou entrando no meio da tempestade. “Não dava pra enxergar nada, tinha muita coisa voando, o barulho era terrível e o carro estava totalmente sem controle, mesmo em baixa velocidade. Entramos em desespero naquela hora, aí meu namorado deu meia volta e saímos de lá.”
 A advogada conta que os dois pararam em um posto de combustíveis até a nuvem se dissipar. Pouco tempo depois, ao voltar para a cidade, o cenário era de destruição. “Parecia cena de guerra. Tinha árvores e postes caídos, placas de sinalização retorcidas, telhas de zinco espalhadas por todo lugar. Vimos ônibus e caminhões tombados e a cobertura de um posto de combustíveis destruída. O mais impressionante é que não foram nem cinco minutos entre o tempo que a gente fugiu da tempestade até voltarmos e já estava tudo destruído.” (Clique aqui para assistir o vídeo)
Segundo Tassiane, ela e o namorado foram as primeiras pessoas a ajudar as pessoas que estavam em um ônibus que tombou. “Socorremos dois irmãos de Riversul que estavam machucados. Tinha muitas crianças dentro do ônibus, elas que contaram que o motorista tinha morrido”, diz.
Além de Jamil Francisco da Silva, motorista do ônibus, também morreu o jovem Edson Mateus Pereira. Ele estava em um ginásio de esportes cuja cobertura desabou.
A advogada relata que eles tentaram levar os feridos para o hospital, mas o caminho estava bloqueado. “Não tinha como chegar até o hospital pela rua principal. Ficamos desesperados diante da sensação de impotência. Tinha várias pessoas na rua chorando porque a casa tinha desabado, foi horrível.”

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