Matéria destina 75% dos royalties para educação e 25% para saúde.
Presidente fará cerimônia nesta tarde para anunciar sanção do texto.
A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (9) sem vetos
o texto do projeto que destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do
Fundo Social do Pré-Sal para educação, informou o Blog do Planalto. O
texto determina ainda que 25% dos royalties devem ser usados em saúde. O
projeto havia sido aprovado na Câmara, depois de passar pelo Senado, no
dia 14 de agosto.
Na tarde desta segunda, a presidente vai participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar a sanção do texto.
Os royalties que serão destinados para educação e saúde se referem
apenas aos novos contratos da União com comercialidade declarada a
partir de 3 de dezembro de 2012. Royalties de campos em atividade há
mais tempo, como nos estados produtores do Rio de Janeiro e Espírito
Santo, continuarão a ser aplicados pelos governos estaduais.
Projeto
O texto que saiu da Câmara para a sanção de Dilma contrariava o projeto original do governo. Os deputados derrubaram a proposta do governo e decidiram destinar 50% do Fundo Social — espécie de poupança formada com recursos que a União recebe na produção do pré-sal — para educação e saúde.
O governo federal era contra o substitutivo apresentado na Câmara pelo
deputado André Figueiredo (PDT-CE), que previa os 50% dos recursos do
Fundo Social para a educação e para a saúde. Desses 50%, 75% vão para a
educação e 25% para a saúde. Na proposta original do governo e
ratificada pelo Senado, apenas seria aplicada em educação 50% dos
rendimentos financeiros do Fundo Social, mantendo intacto o capital
principal. Os deputados, contudo, preferiram a versão de Figueiredo,
para destinar metade de todos os recursos do Fundo Social, não apenas os
rendimentos.
Diante da resistência de André Figueiredo em modificar o texto, a
própria presidente da República tentou convencer os líderes da base
aliada a retomarem a proposta original que havia sido avalizada pelos
senadores. As lideranças, entretanto, não abriram mão de utilizar parte
do fundo do petróleo, em vez de somente os rendimentos, como defendia o
governo.
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