Marin negou que a CBF vá iniciar agora a reestruturação do futebol brasileiro.
Agência Brasil/ Cristina Índio do Brasil
RIO DE JANEIRO - O nome do futuro treinador da seleção brasileira deve
ser divulgado até a próxima terça-feira (22). O presidente da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, disse hoje
(17), em entrevista coletiva, que as negociações estão em andamento e
que o profissional escolhido terá de participar de um trabalho
integrado.
“Aqui ninguém será mais importante. O
treinador não será a peça mais importante. Será uma das peças que irão
decidir os destinos da seleção brasileira”, afirmou Marin.
O
novo coordenador-geral de seleções, Gilmar Rinaldi, cujo nome foi
anunciado na entrevista coletiva, evitou falar sobre os candidatos ao
cargo. “Temos que pensar. Não vamos falar de um treinador ou de outro.
Estamos em linha direta para definir o que queremos.”
Ex-goleiro
do Internacional, do São Paulo e do Flamengo, Rinaldi fez parte da
seleção brasileira que venceu a Copa do Mundo de 1994.
Foto: Divulgação
Rinaldi
disse que a CBF pretende manter sempre atualizado o treinador da
seleção, por isso, viajará com ele para assistir a partidas e
treinamentos de clubes e seleções estrangeiros e trocar informações com
outras instituições. “Vamos interagir com outros treinadores, que querem
saber o que fazemos, e precisamos saber o que é feito no mundo. Ninguém
precisa copiar ninguém, mas temos que adaptar esses métodos
bem-sucedidos a nosso estilo e nossa cultura.”
Marin
negou que a CBF vá iniciar agora a reestruturação do futebol
brasileiro. Para ele, isso não é correto, porque o trabalho já está
sendo feito há um ano e meio, desde que o ex-jogador Alexandre Gallo foi
convidado para coordenar as categorias de base da seleção, com meta de
vitória nas Olimpíadas de 2016. Ele destacou que Gallo foi um atleta de
larga experiência, que passou por vários clubes e, antes de assumir o
cargo na CBF, era treinador do Náutico, clube recifense.
De
acordo com Gallo, estudos da CBF indicam que um único treinador deve
ser responsável pelas seleções principal e olímpica e a sub-20, por
outro profissional. “Uma de nossas ações será trazer um treinador
profissional para as seleções olímpica e principal e outro, ligado a
ele, na sub-20, justamente para que façam um trabalho em conjunto e deem
sequência ao verdadeiro futebol brasileiro", explicou Gallo. Segundo
ele, fatores importantes, que já são levados em consideração nas
categorias de base, como o comprometimento e a cumplicidade de trabalho
coletivo, vão pontuar as ações na seleção principal.
A
partir de agora, durante um ano, todos os atletas convocados para as
seleções de base terão aulas de inglês e farão visitas ao Museu da CBF
para conhecer a história do futebol brasileiro, informou Gallo. Ele
lembrou que os resultados que a Alemanha vem conquistando, incluindo o
título de campeã mundial de 2014, são fruto de um trabalho de anos,
principalmente nas categorias de base. Gallo disse que, atualmente, a
seleção alemã conta com 20 jogadores prontos para o próximo Mundial.
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