Jornalista escreve para diário dos Emirados Árabes Unidos.
Ele pegou 29 voos em 28 dias e visitou 10 das 12 cidades-sede na Copa.
Gary Meenaghan, jornalista escocês, pegou 29
voos em 28 dias no Brasil sem nenhum atraso
(Foto: Arquivo pessoal/Gary Meenaghan)
voos em 28 dias no Brasil sem nenhum atraso
(Foto: Arquivo pessoal/Gary Meenaghan)
O escocês Gary Meenaghan, de 30 anos, foi um de centenas de jornalistas
estrangeiros que viajaram por todo o Brasil a trabalho durante a Copa
do Mundo. Repórter esportivo do jornal "The National" dos Emirados
Árabes Unidos, Meenaghan assistiu de dentro do estádio a 17 jogos do
mundial de futebol em dez das 12 cidades que sediaram o evento. Para
chegar a todos esses lugares, ele pegou 29 voos em 28 dias, e comemorou o
fato de nenhum deles ter atrasado.
"Parabéns, Brasil", escreveu no Twitter na noite de sexta-feira (11),
antes de embarcar no 29º voo, com destino ao Rio de Janeiro, para
assistir à final entre Alemanha e Argentina no Maracanã.
"[A experiência] superou minhas próprias expectativas. Por exemplo, eu
nunca pensei que poderia passar o torneio inteiro sem um voo atrasado.
Já tinha quase aceitado que seria inevitável acabar perdendo um ou dois
jogos por causa de atrasos", disse Gary. No fim, ele acabou sendo
impedido de assistir a um jogo no Recife, mas, segundo ele, o problema
foi uma enchente na cidade.
O jornalista já tinha estado no Brasil outras vezes para cobrir eventos
esportivos como Fórmula 1 e a Copa das Confederações, e no fim de março
também visitou o país para produzir reportagens sobre os preparativos
da Copa. "Eu tinha visitado o Brasil várias vezes antes, de férias e a
trabalho, então eu sabia que alguns aeroportos talvez fossem pequenos
demais ou precisavam de um upgrade. O que as pessoas ficaram me dizendo
foi que os voos estavam sempre atrasados e que despachar bagagem seria
um grande problema porque ela poderia ser perdida ou roubada.
Aconselharam a não fazer o check-in da mala", disse ele em entrevista ao
G1.
A expectativa, porém, não se refletiu na realidade. "A minha
experiência dos aeroportos foi ótima. Todos os voos que peguei estavam
no horário, despachei mala em todos os voos, e nunca tive nada perdido
ou roubado, e todas as malas sempre apareceram na esteira bem
rapidamente", contou.
Atrasos abaixo da média
A experiência do escocês é melhor do que mostram as estatísticas do que aconteceu nos aeroportos das 12 cidades-sede durante o Mundial. Segundo levantamento do G1, o índice de atrasos durante o período da Copa ficou igual ou abaixo da média em comparação ao mesmo período do ano anterior em nove de dez aeroportos com dados disponíveis para os dois anos. O índice médio de atrasos nos 21 aeroportos brasileiros foi de 7,3% entre 10 de junho e 10 de julho, mais baixo que os 10% registrados em maio (veja mais números sobre a Copa no Brasil). Se Gary tivesse tido atrasos de acordo com essa média, ele teria feito pelo menos dois voos fora do horário, o que não aconteceu.
A experiência do escocês é melhor do que mostram as estatísticas do que aconteceu nos aeroportos das 12 cidades-sede durante o Mundial. Segundo levantamento do G1, o índice de atrasos durante o período da Copa ficou igual ou abaixo da média em comparação ao mesmo período do ano anterior em nove de dez aeroportos com dados disponíveis para os dois anos. O índice médio de atrasos nos 21 aeroportos brasileiros foi de 7,3% entre 10 de junho e 10 de julho, mais baixo que os 10% registrados em maio (veja mais números sobre a Copa no Brasil). Se Gary tivesse tido atrasos de acordo com essa média, ele teria feito pelo menos dois voos fora do horário, o que não aconteceu.
Neozelandeses Matthew e Anna perderam um jogo
da Copa porque seu voo atrasou
(Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
da Copa porque seu voo atrasou
(Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Nem todos os visitantes tiveram a melhor das experiências no Brasil, no
entanto. Um casal de neozelandeses passou 40 dias no país e tinha em
mãos ingressos para quatro jogos da Copa do Mundo, mas acabou perdendo
um deles porque o atraso em um voo saindo de Foz do Iguaçu os fez perder
a conexão para Cuiabá.
"Depois, a empresa ainda queria cobrar R$ 3 mil para emitir novas
passagens. Foram bem grosseiros", afirmou Matthew Williams, arquiteto de
25 anos, que viajou com Anna Delahunty, professora de 24 anos.
Os dois passaram pelo Rio, Foz do Iguaçu, Curitiba, e estiveram em
Cuiabá durante duas semanas. Segundo os neozelandeses, o atraso do voo
foi a única experiência negativa que tiveram no Brasil. Eles elogiaram a
recepção e a ajuda que receberam dos brasileiros e disseram que acharam
fácil planejar e curtir a viagem de 40 dias.
Gary, o jornalista escocês que mora nos Emirados Árabes Unidos, afirma
que também cuidou do planejamento de sua viagem sozinho e comprou a
maioria das passagens de avião entre janeiro e fevereiro deste ano.
"Comparado à busca por hospedagem, achar voos foi bem fácil. Mas montar o
meu cronograma foi complicado, porque eu não estava seguindo um time
específico e queria chegar a cada cidade um dia antes do jogo para
participar das entrevistas coletivas pré-jogo", afirmou ele, que no fim
conseguiu credencial para assistir a 17 partidas.
Gary
Meenaghan comemorou no Twitter o fato de sua Copa não ter sido
estragada por atrasos em aeroportos (Foto:
Reprodução/Twitter/Gmeenaghan)
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