Vídeo mostra o momento em que testemunhas pedem pelo atendimento.
Incidente aconteceu no Hospital Santo Expedito, perto do pronto-socorro.
Em São Paulo, um homem morreu depois que um hospital se recusou a
atendê-lo. Testemunhas gravaram o pedido de socorro. No chão, o homem se
contorce de dor e pede ajuda.
No vídeo (veja acima), ele está logo depois da cancela do
estacionamento do Hospital Santo Expedito, a poucos metros do
pronto-socorro.
Indignada, uma testemunha diz: “Eles falam que não podem socorrer. Tem que estar dentro e aí o cara morre".
Testemunhas contam que Nelson França ficou deitado no chão pedindo
socorro por cerca de uma hora. De acordo com eles, dentro da instituição
médica um enfermeiro dizia que a equipe do hospital não podia fazer o
atendimento do lado de fora e que as testemunhas também não poderiam
carregá-lo para dentro.
Em outras imagens, aparecem dois funcionários do hospital. Uma
testemunha pergunta: Por que não atenderam ele? Me explica? Por que não
atenderam ele?
O rapaz vestido de verde seria o enfermeiro, que responde: “Foi chamada
a viatura”. Uma mulher se revolta: “Tem que ajudar porque agora, olha a
situação, você não deixou”. E o homem: “O que a lei fala?”
Segundo um dos bombeiros que atenderam o vigilante, quando a equipe
chegou, Nelson estava inconsciente . Foi feita massagem cardíaca e os
sinais vitais voltaram. Ele foi levado para um hospital municipal a 3
km, onde morreu.
O bombeiro informou, ainda, que oficialmente não foi o hospital que fez o chamado.
No mês passado, aconteceu um caso parecido no Rio. O fotógrafo Luiz Cláudio Marigo passou mal dentro de um ônibus.
O motorista parou em frente ao Instituto Nacional de Cardiologia, mas o segurança na recepção teria dito: "Nós não damos atendimento, liga para o Samu".
O motorista parou em frente ao Instituto Nacional de Cardiologia, mas o segurança na recepção teria dito: "Nós não damos atendimento, liga para o Samu".
13 minutos depois, paramédicos que saíam do hospital depois de levar um
paciente, entraram no ônibus para atender o fotógrafo. Mas já era
tarde.
O delegado responsável pelo caso decidiu indiciar por homicídio doloso,
aquele com intenção de matar, dez funcionários do Instituto de
Cardiologia.
Um advogado analisou as imagens e lembra que o código penal estabelece:
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade pública e que qualquer pessoa,
autoridade ou instituição tem obrigação de socorrer feridos”.
marcos soares
advogado criminalista e mestre em direito penal
ao que tudo indica, configura omissão de socorro
advogado criminalista e mestre em direito penal
ao que tudo indica, configura omissão de socorro
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