Água com elevada turbidez alcançou usina de Aimorés, na divisa com o ES.
População será abastecida com água do Rio Guandu.
Usina
de Aimores, em Minas, na divisa com o Espírito Santo, na manhã desta
segunda-feira (16) (Foto: Adenaldo Serrano/ VC no ESTV)
A prefeitura de Baixo Guandu, no Noroeste do Espírito Santo, suspendeu a
captação da água do Rio Doce na manhã desta segunda-feira (16). A
decisão veio após a informação de que uma “massa de água com elevada
turbidez” passa pela Usina de Aimorés, que fica na divisa com o município capixaba. Agora, a prefeitura utiliza a água do Rio Guandu para abastecer a população.
O rompimento de uma barragem de rejeitos de minério da Samarco
aconteceu no dia 5 de novembro e causou uma enxurrada de lama no
distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas
Gerais. A lama também chegará ao Espírito Santo e deve afetar os
municípios de Baixo Guandu, Colatina e Linhares.
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Às 11h40, o Serviço Geológico do Brasil informou que equipes
“observaram deslocamento de massa de água com elevada turbidez ajusante
da Usina de Aimorés”. De acordo com o prefeito de Baixo Guandu, Neto
Barros, assim que essa informação foi passada ás autoridades municipais,
a captação foi suspensa por precaução.
Como essa paralisação já era prevista, a prefeitura já se preparava
para colocar em prática o plano B, que é captar água do Rio Guandu. “Há
cerca de cinco dias nós estávamos limpando um canal para levar água do
Rio Guandu até a estação de bombeamento. Agora a água já está sendo
tratada para o abastecimento”, disse.
De acordo com ele, a medida será suficiente. “A situação está sob
controle. A população de Baixo Guandu vai ter água na torneira”, disse.
Na região de Mascarenhas, a prefeitura planeja usar carros-pipa para
manter o abastecimento normalizado. “A gente busca no Rio Guandu e leva
pra tratar na estação de Mascarenhas”, explicou.
O prefeito acrescentou que o município não tem a intenção de voltar a captar água do Rio Doce. “Nós não temos mais interesse em captar água do Rio Doce. O que hoje é paliativo, vai ser definitivo”, concluiu.
Exército chega ao ES
Mais de 100 homens do Exército chegaram a Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, na manhã deste domingo (15). Eles serão responsáveis pela distribuição de água à população.
Mais de 100 homens do Exército chegaram a Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, na manhã deste domingo (15). Eles serão responsáveis pela distribuição de água à população.
“Se os poços que estão sendo perfurados derem certo, cerca de 55% da
captação de água vai permanecer normalizada. Para a parte que não for
atendida, que é 45%, nós vamos agir fazendo a distribuição de água”,
explicou o capitão De Albuquerque, do Exército.
Ele disse que como o abastecimento ainda está normalizado, por
enquanto, o Exército aproveita para fazer reconhecimento da área e
estudo de mapas da região.
A presença do Exército nas cidades, além do controle na distribuição de
água, funcionará como apaziguador para a população da região preocupada
com a aproximação da lama, conforme destacou o secretário de Meio
Ambiente do Estado, Rodrigo Júdice.
Os militares ficarão no município por tempo indeterminado e poderão
auxiliar os três municípios que serão atingidos: Baixo Guandu, Colatina e
Linhares, segundo o Governo do Estado.
Samarco começa a perfurar poços em Colatina
A empresa Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, iniciou neste domingo (15) as perfurações para captação de água subterrânea, que fica entre as rochas. A medida é para ajudar a manter o abastecimento em Baixo Guandu e Colatina, os municípios capixabas que serão os mais atingido pela lama das barragens que se romperam em Mariana (MG).
A empresa Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, iniciou neste domingo (15) as perfurações para captação de água subterrânea, que fica entre as rochas. A medida é para ajudar a manter o abastecimento em Baixo Guandu e Colatina, os municípios capixabas que serão os mais atingido pela lama das barragens que se romperam em Mariana (MG).
Em Colatina, estão sendo perfurados seis poços, há carros-pipa e foram
instalados reservatórios de 20 mil litros nos pontos mais altos da
cidade. Também está em avaliação a instalação de adutoras de engate
rápido para coleta de água bruta nas lagoas do Limão e Batista.
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