Estudante de Jaú (SP) precisa de R$ 20 mil para fazer tratamento.
Doações vieram até de Israel, entre outros; ‘Estamos quase lá’, diz Mayara.
Mayara Gromboni retirou 23 tumores do corpo (Foto: Reprodução/TV TEM)
A estudante Mayara Gromboni, que faz uma campanha para arrecadar dinheiro e pagar um tratamento chamado quimioterapia localizada para retirar três tumores do braço
esquerdo, diz que conseguiu parte do dinheiro para o procedimento.
“Estamos quase lá. Foi um susto, de repente, chegamos aos R$ 16 mil.
Recebemos doações de pessoas até de outros países: Israel, Argentina,
Índia, Suiça”, conta.
A jovem, de 19 anos, é portadora da síndrome de Le Fraumeni, uma doença
hereditária que faz tumores crescerem no corpo. Desde os 7 anos, Mayara
já retirou 23 tumores, 16 malignos e sete benignos, mas agora luta
contra o tempo para retirar os que cresceram no braço.
Na tentativa de se livrar dos tumores no braço, a jovem já enfrentou
duas cirurgias, mas sem sucesso. Os outros procedimentos foram pagos
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo seu convênio, mas no momento, a
alternativa é fazer a quimioterapia localizada, mas o procedimento é
caro e a família não tem como arcar com os custos. Ao todo, Mayara
precisa de R$ 20 mil para pagar o tratamento. “Foi um desespero a hora
que soube o valor. Não tinha como pagar”, lembra.
Campanha
Para conseguir o dinheiro, a família criou uma página na internet há uma semana e está vendendo rifas. O site "Todos Ajudam" explica o que é a síndrome Le Fraumeni, mostra fotos de Mayara durante o tratamento dos tumores e indica como é possível ajudar.
Para conseguir o dinheiro, a família criou uma página na internet há uma semana e está vendendo rifas. O site "Todos Ajudam" explica o que é a síndrome Le Fraumeni, mostra fotos de Mayara durante o tratamento dos tumores e indica como é possível ajudar.
"Eu não esperava que tanta gente iria aparecer querendo ajudar, não só
com dinheiro, mas de várias formas. As pessoas perguntam o que podem
fazer para me ajudar e dizem que estão orando por mim", contou Mayara,
que sonha em estudar medicina e também ajudar pessoas que, como ela,
lutam pra viver.
Coragem de família
A luta constante pela vida começou aos sete anos de idade. A coragem de lutar contra os problemas Mayara aprendeu com o irmão, Marcelo Gromboni, que já teve um tumor na cabeça e hoje leva uma vida normal.
A luta constante pela vida começou aos sete anos de idade. A coragem de lutar contra os problemas Mayara aprendeu com o irmão, Marcelo Gromboni, que já teve um tumor na cabeça e hoje leva uma vida normal.
Mayara diz que se espelha no irmão, que se curou
de um tumor na cabeça (Foto: Reprodução/TV TEM)
de um tumor na cabeça (Foto: Reprodução/TV TEM)
"Ela olha para mim e vê que deu
certo. Nós tínhamos uma chance bem pequena e, graças a Deus, não tive
sequela nenhuma. Fiz o tratamento, resolveu, e agora estamos
acompanhando ela. Quando você pega o exame e vê que não deu nada, a
gente volta para casa em paz", conta Marcelo.
A mãe dos dois, Selma Gromboni, tem muito orgulho dos filhos e da
coragem de lutar pela vida que os dois têm. "A Mayara e o Marcelo são
pessoas super positivas. A maneira de eles encararem tudo isso para mim é
uma resposta muito boa. E quando eu olho em volta e vejo muitas pessoa
ajudando, nos acolhendo, a situação se torna menos difícil”, afirma a
mãe de Mayara e Marcelo.
"Tem gente querendo fazer o bem"
A cirurgia ainda não tem data marcada, mas assim que Mayara conseguir a quantia necessária, ela passará pela quimioterapia em um hospital de São Paulo e espera que este seja o último tratamento que precise fazer.
A cirurgia ainda não tem data marcada, mas assim que Mayara conseguir a quantia necessária, ela passará pela quimioterapia em um hospital de São Paulo e espera que este seja o último tratamento que precise fazer.
A jovem, que conta com a ajuda de muitas pessoas para se tratar, está
muito feliz. “Existem pessoas boas. Queria agradecer as pessoas que
conheço e que não conheço. Que Deus os abençoe. Tinha certeza que ia dar
certo, porque tem muita gente querendo fazer o bem ao próximo. Não
posso agradecer um a um, mas rezo por todos que me ajudaram”, diz.
Desde os sete anos de idade, Mayara luta contra tumores (Foto: Reprodução/TV TEM
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