Cristina Indio do Brasil / Agência Brasi
Este percentual representa 178 mil barris de petróleo da produção diária da companhia.
RIO
DE JANEIRO - A produção de petróleo no Brasil teve queda de 8,5 % ontem
(3), segundo nota divulgada às 21h56 pela Petrobras. Este percentual
representa 178 mil barris de petróleo da produção diária da companhia.
Na avaliação da empresa, o resultado mostra que a greve dos petroleiros,
coordenada pelas entidades sindicais, ainda afeta as operações.
A
Petrobras destacou que está adotando ações para reduzir os impactos do
movimento grevista e espera, no fechamento desta quarta-feira que a
produção no Brasil apresente uma redução de 140 mil barris de petróleo. O
número corresponde a 6,5% da produção diária antes do começo da greve.
“A Petrobras continua tomando as medidas necessárias para garantir a
manutenção de suas atividades, preservando suas instalações e a
segurança de seus trabalhadores”, informou a companhia.
A Agência
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou hoje
(4) que faz acompanhamento permanente do mercado de combustíveis e até o
momento não identificou falta de abastecimento por causa da greve dos
petroleiros. A ANP garantiu, no entanto que “se houver desabastecimento,
estudará as medidas a serem tomadas”.
Na Bacia de Campos, o
número de unidades marítimas em greve subiu para 47, de acordo com a
Federação Única dos Petroleiros (FUP). Houve adesão dos trabalhadores da
sonda P-16 e da plataforma PCP-2. A paralisação atinge também o
Terminal de Cabiúnas, em Macaé, no norte fluminense. A FUP informou,
ainda, que 28 plataformas e três UMS (unidades de manutenção e serviço)
estão com as atividades completamente paralisadas. Em sete, a produção é
parcial e, em nove as operações estão sendo feitas por equipes de
contingência da Petrobras.
O técnico de operação da P-58, Wallace
Ouverney, disse que a plataforma chegou a operar com apenas 60% da
capacidade de produção, no período de 24 horas, a partir de domingo,
quando começou a greve dos petroleiros no estado. Conforme Ouverney, por
dia, a plataforma produz 130 mil barris de petróleo.
Situação na Reduc
A
Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, na Baixada Fluminense,
está com a produção reduzida, devido à diminuição da extração de
petróleo em algumas plataformas da companhia na Bacia de Campos, no
Norte Fluminense, no quarto dia da greve dos petroleiros. A Reduc
fabrica gasolina, óleo diesel, óleo lubrificante, querosene de aviação e
parafina, os principais subprodutos do petróleo, num total de 54
produtos diferentes.
O carregamento de coqui – um tipo de carvão
que sobra do resíduo do petróleo e é usado para abastecer os fornos de
produção de cimento – não está sendo entregue na refinaria pelos
caminhões, que não conseguem entrar devido à paralisação dos
petroleiros.
De acordo com o presidente do Sindicato dos
Petroleiros de Duque de Caxias, Simão Zanardi, a Reduc produz 240 mil
barris de petróleo/dia e baixou a produção para 210 mil barris/dia pela
redução de petróleo que chega pelos dutos que vêm direto das plataformas
na Bacia de Campos, norte fluminense. “Zanardi disse que a Transpetro,
responsável pela logística de transporte de gás por dutos do Rio de
Janeiro para Belo Horizonte está com a distribuição reduzida, “porque o
Rio de Janeiro é um alto polo de consumo e na tentativa de reduzir esse
impacto na produção, a Refinaria Gabriel Passos [em Betim, Minas Gerais]
está enviando gasolina diretamente por dutos para o Rio”.
Na
avaliação de Zanardi, caso a greve dos petroleiros permaneça até a
próxima segunda-feira (9), poderá faltar gasolina e gás natural, porque a
prioridade é abastecer empresas e usinas termelétricas. Ele disse que
as equipes de contingenciamento que operam a refinaria estão com
aproximadamente 200 petroleiros e que a Reduc opera com 600
trabalhadores normalmente e “há operadores que estão na refinaria há 96
horas, dormindo no trabalho, sem
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