De
acordo com a promotoria da Educação, medida a ser tomada contra a
Prefeitura e o Governo do Estado tem objetivo de garantir o interesse
coletivo de segurança na entrada das escolas de São Luís
O
Ministério Público do Maranhão (MP) ingressará com Ação Civil Pública
contra o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís para garantir a
efetividade nas medidas de segurança nas entradas das escolas da capital
maranhense. A medida garantirá, ainda de acordo com o MP, o bem-estar
coletivo, após recomendação do próprio órgão para que as atividades nas
unidades de ensino abrissem seus portões mais cedo.
Segundo o
MP, a proposição da Ação também será uma maneira para que Estado e
Município executem as ações prometidas em reunião realizada no dia 28
do mês passado, entre elas a elevação do número de veículos nas rondas
escolares e aumento no número de vigilantes nas escolas. “Conforme
preconiza a lei que garante o interesse coletivo, o Ministério Público
tomará esta medida, até pela situação conflituosa nas escolas, em que
não é conferida garantia máxima de segurança aos alunos, pais e
funcionários”, afirmou a promotora titular da 2ª Promotoria da Educação
do MP, Maria Luciane Belo.
Ainda de acordo com a promotora, é
necessário que o Governo do Maranhão e a Prefeitura apresentem, o quanto
antes, soluções para o caso. “Estamos falando do direito da Educação,
de ir e vir. O Ministério Público tem feito um grande esforço para
reunir os entes interessados e melhorar os índices relativos à segurança
em frente das escolas”, disse a promotora.
O Estado
esteve ontem em unidades de ensino da capital maranhense. Na Unidade de
Ensino Básico Bandeira Tribuzi, gerida pela Prefeitura, os pais ou
responsáveis aprovaram a abertura dos portões e início das aulas no
local uma hora mais cedo. “É possível que nossos filhos tenham mais
segurança e ainda cheguem mais cedo em casa”, afirmou a dona de casa
Jaquelina Carvalho.
Outros pais informaram que a antecipação das
aulas deve ser acompanhada da elevação do número de policiais militares,
especialmente nos arredores das escolas. “Eu acho, como cidadão, que
não adianta abrir os portões mais cedo se a polícia não está na rua. A
gente ainda deixa nossos filhos no local e fica preocupado”, informou
Danilo Costa, de 26 anos, pai de aluno da UEB Bandeira Tribuzi.
Conforme preconiza a lei, que garante o interesse coletivo, o Ministério Público tomará esta medida, até pela situação conflituosa nas escolas, em que não é conferida garantia máxima de segurança aos alunos, pais e funcionários” Maria Luciane Belo, promotora titular da 2ª Promotoria da Educação do MP
A
Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou, em nota, que vai
dialogar com os gestores escolares sobre os horários de abertura e
fechamento dos portões das escolas da rede municipal. A secretaria
reforça que está em processo de reimplantação gradativa do serviço de
vigilância nas unidades escolares e que, enquanto isso, tem reforçado as
parcerias já existentes com a Guarda Municipal e a Polícia Militar,
instituições que já realizam o combate à violência no entorno das
unidades de ensino.
Violência
Em pouco mais de um mês, com base em levantamento de O Estado e em informações da Polícia Militar do Maranhão (PM), pelo menos cinco ocorrências foram registradas em escolas públicas da capital ou próximo a elas. No dia 15 do mês passado, a jovem de 17 anos Milena Nascimento foi esfaqueada por volta das 17h, quando saía de uma escola pública, no bairro Olho d’Água. Ela foi encaminhada para o Hospital Socorrão I e, em seguida, para o Carlos Macieira, mas faleceu dias depois do ocorrido.
Em pouco mais de um mês, com base em levantamento de O Estado e em informações da Polícia Militar do Maranhão (PM), pelo menos cinco ocorrências foram registradas em escolas públicas da capital ou próximo a elas. No dia 15 do mês passado, a jovem de 17 anos Milena Nascimento foi esfaqueada por volta das 17h, quando saía de uma escola pública, no bairro Olho d’Água. Ela foi encaminhada para o Hospital Socorrão I e, em seguida, para o Carlos Macieira, mas faleceu dias depois do ocorrido.
No
dia 21 do mês passado, uma quadrilha invadiu a escola Sagarana I, no
bairro Caratatiua. De acordo com a polícia, os assaltantes chegaram a
entrar nas salas de aula e levaram pertences dos alunos e diretores do
local.
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