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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Testemunhas e envolvidos relatam momento de acidente em BH

Viaduto caiu sobre veículos e motorista de ônibus morreu.
'Parecia cena de guerra', afirmou uma testemunha que viu o acidente.

Laura de Las Casas, Raquel Freitas, Humberto Trajano Do G1 MG
Viaduto caiu em cima de veículos na Avenida Pedro I.  (Foto: Raquel Freitas/G1) 
Viaduto caiu em cima de veículos na Avenida Pedro I
(Foto: Raquel Freitas/G1)
Testemunhas, feridos e parentes de vítimas conversaram com os repórteres do G1 após o a queda de um viaduto na Avenida Pedro I, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Na noite desta quinta-feira (3), a morte confirmada era de Hanna Cristina Santos. Ela era a motorista de um ônibus atingido pela estrutura. Havia ainda uma morte presumida, pois um carro ficou sob os escombros.
No momento do acidente relatos indicam que houve um barulho muito forte e o solo chegou a tremer, foi o que sentiu o motorista Daniel Magalhães que estava de carro e bem perto do viaduto na hora do acidente. Ele havia acaba de passar por baixo da obra e estava parado em um semáforo um pouco à frente.  “Parecia que ia ter um terremoto. Tremeu o chão violentamente. Escutei um estrondo muito alto. Quando olhei pelo retrovisor, o viaduto tinha caído”, contou.

Renata Soares machucou o nariz (Foto: Raquel Freitas / G1) 
Renata Soares machucou o nariz
(Foto: Raquel Freitas / G1)
Passageiros do ônibus suplementar da linha 70 vivenciaram ainda mais de perto o acidente.  Renata Soares, de 18 anos, estava com a irmã dentro do ônibus que foi atingido pela estrutura. As duas iam passear em um shopping. Renata contou que elas estavam assentadas na parte de trás do veículo. Renata machucou o nariz com a pancada. “Na hora que vi o viaduto caindo, achei que ia acontecer o pior, que a estrutura iria se virar para cima do ônibus”, disse.
 

Churrasqueiro foi primeiro a sair do ônibus (Foto: Raquel Freitas / G1) 
Churrasqueiro foi primeiro a sair do ônibus
(Foto: Raquel Freitas / G1)
O chefe de churrasqueiro Enilson Luiz também estava no veículo e escapou completamente ileso. Ele estava na parte de trás do ônibus. Luiz contou que na hora do acidente “foi muita gritaria, muita afobação.” Assim como Renata, ele também imaginou que o viaduto ia atingir todo o ônibus. O homem afirmou que foi o primeiro a sair do veículo. “A polícia e os bombeiros chegaram muito rápido”, disse.
 
 

Marido motorista (Foto: G1 MG) 
Ex-marido fala sobre motorista morta
(Foto: Laura de Las Casas/G1 MG)
Outra passageira do ônibus é filha de 5 anos da motorista morta. Ela estava com a mãe no veículo, e foi levada com ferimentos leves para o hospital, segundo o pai da garota e ex-marido da vítima, Ederson Elisiano. Ele contou que a criança faz aniversário na próxima semana. “Eu não sei como vou fazer, pois ela é muito apegada à mãe”, disse.
 
 

Pai de cobradora acompanhou filha no hospital (Foto: Laura de Las Casas / G1) 
Pai de cobradora acompanhou filha no hospital
(Foto: Laura de Las Casas / G1)
A motorista era cunhada da cobradora, que também ficou ferida e foi levada para o Hospital Risoleta Neves. Emiliano Nunes acompanhava a filha na unidade de saúde. Ela passava bem. Nunes comentou sobre a amizade da filha com Hanna. “Neste domingo mesmo, a gente estava fazendo um churrasco lá em casa. Por isso, que agora estou tão triste. Não paro de pensar na filhinha dela [da motorista morta] de 5 anos, que agora vai ficar órfã”, lamentou.
 

Maria Nilza também presenciou a queda da estrutura.  Segundo ela, “ele [o viaduto] balançou igual a um tecido e caiu em cima de um ônibus e de um carro, bem na minha frente”. Ela foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento de Venda Nova, mas afirmou não estar ferida.

Bem perto do local, de dentro de uma oficina Antônio Carlos dos Santos, pintor de automóveis, assistiu ao acidente e disse que o imóvel tremeu muito e subiu muita poeira. "Foi horrível, parece cena de guerra", descreveu.

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