Greve dos caminhoneiros
- Estadão Conteúdo
Ministro
da Casa Civil justificou que, no momento, o governo consegue garantir
apenas R$ 0,41 de desconto no posto que já renovou estoque
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BRASÍLIA
- O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) voltou a afirmar nesta
quinta-feira, 7, que o desconto de R$ 0,46 no preço do óleo diesel, que
faz parte do acordo do governo com os caminhoneiros, deve chegar às
bombas no final do mês de junho.
"Do dia 16 de junho em diante, já
começa a pegar a projeção dos preços reduzidos agora do dia 1º a 15 de
junho. E do dia 16 a 30 de junho já vai ter uma nova projeção e, aí sim,
presumo, todos os postos estarão com os 46 centavos na bomba", disse
Padilha em reunião da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais.
Ele
justificou que, no momento, o governo consegue garantir apenas R$ 0,41
de desconto no posto que já renovou estoque porque há adição de 10% de
biodiesel na composição, que é mais caro.
Os outros R$ 0,05 de
desconto prometidos aos caminhoneiros serão incluídos no preço com base
no valor do ICMS cobrado pelos Estados, que, segundo o ministro, é
reajustado quinzenalmente.
O ministro reiterou que o governo vai
cumprir o acordo firmado com os caminhoneiros, mas há um "processo em
andamento" até o desconto chegar "na ponta". Ele afirmou também que a
nova tabela de preços mínimos para fretes será publicada apenas para
corrigir imprecisões e erros identificados pelos próprios caminhoneiros.
"O
ministro dos Transportes junto com Agência Nacional dos Transportes
(ANTT), a agência que é encarregada de fazer esses cálculos, disse que
esses equívocos vão ser corrigidos. É o que vai acontecer, eles deverão,
no menor prazo possível deverão, já publicar uma nova tabela corrigindo
os equívocos verificados", disse.
Padilha negou que o governo
esteja discutindo mudanças na política de preços da Petrobras para todos
os combustíveis. Segundo ele, o debate da Agência Nacional de Petróleo
(ANP) é sobre a "periodicidade" dos reajustes. "Vimos que a ANP vai
exercitar sua competência de disciplinar o mercado nacional e está na
perspectiva dessa disciplina que também avalie a periodicidade para o
reajuste dos combustíveis. Periodicidade, não está se falando aqui em
alteração da política de preço da Petrobras", ressaltou.
A ANP
aprovou a abertura de uma consulta pública para discutir a periodicidade
do repasse dos reajustes dos preços dos combustíveis. O órgão vai
colher sugestões entre 11 de junho e 2 de julho.
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