Eleições 2018
- Gilberto Léda
Presidenciável
do PSL esteve em São Luís, onde lançou pré-candidatura ao lado da
ex-prefeita Maura Jorge, que disputará o Governo do Estado
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O
deputado federal Jair Bolsonaro lançou ontem, em São Luís, sua
pré-candidatura a presidente da República. Ao lado de Maura Jorge, ele
também confirmou que a ex-prefeita é o nome do PSL para a disputa pelo
Governo do Estado.
O pré-candidato foi recebido por uma
entusiasmada multidão ainda no Aeroporto Marechal Hugo Da Cunha Machado,
onde improvisou um mini-palanque em cima de um carro de som e discursou
aos seguidores.
Depois, em entrevista coletiva no Centro de
Convenções Pedro Neiva de Santana, voltou a fazer críticas ao comunismo -
num recado claro ao governador Flávio Dino (PCdoB) – e às políticas
assistencialistas dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).
"Se
o povo quer mudar, tem que tirar da cabeça esse negócio de comunismo e
clientelismo. Vamos para a verdade que a gente tem como sair dessa
situação", declarou.
Bolsonaro também desejou “poucos votos” ao governador do Maranhão na eleição deste ano.
“Onde
já se viu comunista falar em democracia? Quando morreu um parente do
ditador da Coreia do Norte, Kim Jon-un, o PCdoB fez uma Moção de Pesar,
será que nós queremos viver como vive o coitado do povo coreano? Eu não
engulo a palavra comunismo, nós evitamos em 64 que o Brasil mergulhasse
no comunismo e a saída da Dilma foi mais um golpe neles. Boa sorte ao
Flávio Dino e poucos votos a ele nessa eleição”, completou.
O
pré-candidato comentou, ainda, o fato de estar fazendo pré-campanha num
estado que deu votações estratosféricas ao PT nas últimas eleições.
Bolsonaro
argumenta que as pessoas podem "mudar", "melhorar" ou "aperfeiçoar-se" e
acredita que, por isso, mesmo eleitores que já votaram no PT podem
escolhê-lo como candidato neste ano.
"Não tô preocupado em
reverter voto, não reverter. Eu estou me apresentando. Eu estive duas
vezes em Roraima. Lá o eleitorado equivale a 0,3% do Brasil. Não é nada,
mas estive lá. No Maranhão, sabemos que aqui sempre deu uma grande
quantidade de votos para o PT, mas viemos conversar com todo mundo,
independentemente se já votou no PT, ou não. Não interessa. Acho até que
a Maura pode ter votado no PT no passado. Não tem problema nenhum. A
pessoa muda, melhora, aperfeiçoa", comentou.
"A mensagem que a
gente dá é a seguinte: o que tira o povo da miséria é o conhecimento,
não é o governo. O costuma é escravizar o povo", acrescentou.
Plano de governo –
O presidenciável do PSL reafirmou que ainda não tem um plano de governo
definido, mas garantiu que ele não será “uma peça de ficção”, como diz
acreditar serem os planos dos seus adversários.
"Plano de governo geralmente é uma peça de ficção. Meu plano será o pior de todos, porque será verdadeiro”, declarou.
Ele
também criticou pesquisas eleitorais, ao afirmar que, num espaço de uma
semana, um levantamento o colocou como líder em todos os cenários e
outro, perdendo para todos os adversários num possível 2º turno.
"Nós carecemos no Brasil de uma fonte de pesquisa confiável", disse.
MAIS
Criticado
por, aparentemente, ter pouco conhecimento de economia, Jair Bolsonaro
arriscou alguns comentários sobre o assunto em sua passagem pelo
Maranhão. Segundo ele, uma de suas metas é, se eleito, diminuir o
tamanho do Estado a partir de privatizações. “Quero diminuir o Estado,
vamos diminuir se chegar lá, mas estatais estratégicas não estão no
nosso radar”, disse. Ele também criticou a alta carga tributária imposta
a empresários. “Quando se fala em economia, quem é que, em sã
consciência, quer ser patrão no Brasil? É uma desgraça ser patrão aqui.
Uma legislação complexa, uma carga tributária enorme”, comentou.
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