Diversas atividades estão programadas para este domingo (11).
Tragédia na casa noturna de Santa Maria matou 242 pessoas .
Tragédia na casa noturna de Santa Maria matou 242 pessoas .
Familiares de vítimas de Kiss farão confraternização em estância de (Foto: Divulgação/ Estância Minuano)
Em busca de conforto, a Associação dos Familiares de Vítimas da Tragédia de Santa Maria
reunirá pais e sobreviventes neste domingo (11) em uma confraternização
de Dia dos Pais. O encontro será realizado na Estância Minuano e tem
previsão de reunir pelo menos 400 pessoas. O incêndio que matou 242
pessoas na boate Kiss completou seis meses em julho.
O dia será de reflexão, de acordo com Teresinha Chagas, secretária da
Associação e mãe de João Renato, que morreu na casa noturna. “Essas
datas para nós não têm mais muita graça. São ‘primeiras vezes’ de novo.
Vai ser difícil e vamos nos unir”, explica ao G1 Teresinha.
Junto com um grupo de mães, elas organizam atividades para homenagear
os pais. Além de churrasco, realizado a partir de alimentos doados,
surpresas, apresentação musical de um grupo ecumênico e sorteio de
presentes estão na programação.
Local repleto de natureza será conforto para
familiares no Dia dos pais (Foto: Divulgação/
Estância Minuano)
familiares no Dia dos pais (Foto: Divulgação/
Estância Minuano)
A reunião tem como objetivo auxiliar os pais a superar a dor pela perda
dos filhos e manter as famílias unidas na luta pela punição aos
responsáveis pela tragédia. Segundo o presidente da Associação, Adherbal
Ferreira, pai de Jennefer, foram convidados também integrantes da Base
área de Santa Maria que ajudaram no resgate e transporte dos feridos da
Kiss.
“Duas ONGs, uma de Santana do Livramento e outra do Mato Grosso, também
foram convidadas a participar. Queremos fazer um momento especial”,
explica Adherbal. A deputada federal Keiko Ota (PSB-SP) estará presente
ao lado do marido. Ela perdeu o filho de oito anos e defende projetos
em defesa de vítimas de violência.
As ONGs convidadas instituições são parceiras da AVTSM e se uniram em
um movimento nacional Pelo Fim da Impunidade. A iniciativa consiste em
um abaixo-assinado, que pede penalidades mais duras aos crimes contra a
vida, previstos na nova proposta de Código Penal, que se encontra em
análise no Congresso Nacional.
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul,
na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, resultou em 242 mortes. O
fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira,
que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco.
O inquérito policial indiciou 16 pessoas criminalmente e
responsabilizou outras 12. Já o MP denunciou oito pessoas, sendo quatro
por homicídio, duas por fraude processual e duas por falso testemunho. A
Justiça aceitou a denúncia. Com isso, os envolvidos no caso viram réus e
serão julgados. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes
da banda foram presos nos dias seguintes à tragédia, mas a Justiça
concedeu liberdade provisória aos quatro em 29 de maio.
Veja as conclusões da investigação
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso no palco
- As faíscas atingiram a espuma do teto e deram início ao fogo
- O extintor de incêndio do lado do palco não funcionou
- A Kiss apresentava uma série das irregularidades quanto aos alvarás
- Havia superlotação no dia da tragédia, com no mínimo 864 pessoas
- A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular
- As grades de contenção (guarda-corpos) obstruíram a saída de vítimas
- A casa noturna tinha apenas uma porta de entrada e saída
- Não havia rotas adequadas e sinalizadas de saída em casos de emergência
- As portas tinham menos unidades de passagem do que o necessário
- Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam obstruídas
- As faíscas atingiram a espuma do teto e deram início ao fogo
- O extintor de incêndio do lado do palco não funcionou
- A Kiss apresentava uma série das irregularidades quanto aos alvarás
- Havia superlotação no dia da tragédia, com no mínimo 864 pessoas
- A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular
- As grades de contenção (guarda-corpos) obstruíram a saída de vítimas
- A casa noturna tinha apenas uma porta de entrada e saída
- Não havia rotas adequadas e sinalizadas de saída em casos de emergência
- As portas tinham menos unidades de passagem do que o necessário
- Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam obstruídas
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