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MARIANA SALLOWICZ
DO RIO
O governo iniciou ontem a coleta de informações da PNS (Pesquisa
Nacional de Saúde), que irá avaliar de forma inédita a saúde e o estilo
de vida dos brasileiros.
O levantamento inclui exames de sangue e de urina de entrevistados selecionados, além do preenchimento de questionários.
A pesquisa será feita pelo IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde e coordenação técnica da Fiocruz.
Serão visitados 80 mil domicílios em 1.600 municípios do país entre
neste mês e em outubro --o prazo pode ser estendido para novembro. O
objetivo é mapear doenças e fatores de risco, como hipertensão,
diabetes, anemia falciforme e obesidade.
O ministério estima que 20 mil pessoas serão submetidas aos exames --em cada domicílio, apenas um morador será selecionado.
O exame de sangue também trará a informação do percentual da população
brasileira que já entrou em contato com o vírus da dengue.
A publicação dos resultados ocorrerá em 2014.
"A pesquisa será usada no monitoramento das metas do Plano de
Enfrentamento de Doenças Crônicas [iniciado em 2011]. Por isso, a sua
importância estratégica", afirma Deborah Malta, diretora do Departamento
de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde.
ETAPAS
A previsão é que a PNS seja realizada a cada cinco anos, o que permitirá acompanhar a evolução da saúde dos brasileiros.
A pesquisa será feita em duas etapas. Na primeira, será preenchido um
questionário com informações do domicílio e dos moradores do local
selecionado. Nesse levantamento, haverá questões, por exemplo, sobre
abastecimento de água e posse de animais de estimação.
Também será escolhido um morador com 18 anos ou mais que irá responder
um questionário mais detalhado, além de ter medidos peso, altura,
cintura e pressão arterial. A seleção será aleatória, por meio de um
computador do agente da pesquisa.
Em uma segunda etapa, aplicada em 25% das áreas visitadas, o mesmo morador fará exames laboratoriais de sangue e urina.
A coleta do material não é obrigatória. "Vamos mostrar a importância da
pesquisa, mas o entrevistado pode se negar a participar", diz Cimar
Azeredo, coordenador de pesquisa do IBGE.
O ministério informou que vai repassar R$ 21 milhões para a realização
do estudo, sendo R$ 15 milhões destinados ao instituto de pesquisa e R$ 6
milhões ao hospital encarregado pelos exames.
Segundo a pasta, o Sírio-Libanês vai organizar e coordenar a pesquisa clínica.
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