Do G1, em São Paulo
Cientistas identificaram marcadores comuns a pessoas com maiores riscos.
Cientistas identificaram marcadores comuns a pessoas com maiores riscos.
Objetivo é criar uma ferramenta mais objetiva para prevenir o suicídio.
Equipe
liderada por Alexander B. Niculescu identificou uma série de
biomarcadores de RNA no sangue que podem ajudar a identificar quem tem
risco de cometer suicídio. (Foto: Indiana University/Divulgação)
Com o objetivo de desenvolver uma ferramenta mais objetiva para prevenir o suicídio, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, começaram a buscar características que pudessem ser identificadas em testes de sangue relacionadas ao comportamento suicida.
Os resultados, publicados na revista “Molecular Psychiatry”, mostram que existem biomarcadores que são encontrados com mais frequência em pessoas que apresentam pensamentos suicidas.
“Há pessoas que não revelam que têm pensamentos suicidas quando
questionadas e que, em seguida, cometem suicídio, sem haver nada que se
possa fazer sobre isso. Precisamos de melhores maneiras de identificar,
interferir e prevenir esses casos trágicos”, diz o médico Alexander
Niculescu, coordenador do estudo.
Para chegar a essa conclusão, a equipe liderada por Niculescu
acompanhou um grande grupo de pacientes com transtorno bipolar, com quem
foram feitas entrevistas e testes de sangue periódicos. Os cientistas,
então, compararam as características do sangue de pacientes que
relatavam pensamentos suicidas e pacientes que não tinham essa
tendência.
Dessa forma, a equipe chegou a alguns possíveis marcadores de RNA
relacionados ao comportamento suicida. Essas amostras foram comparadas,
em seguida, com o sangue de pessoas que cometeram suicídio, comprovando
que existiam marcadores comuns nesses grupos.
Finalmente, esses marcadores foram buscados em diferentes grupos de
pacientes psiquiátricos. A presença dos marcadores realmente foi capaz
de prever o risco da ocorrência de hospitalizações por tentativa de
suicídio.
“Isso sugere que esses marcadores refletem mais do que apenas um estado
atual de alto risco, mas podem ser marcadores relacionados ao risco de
longo prazo”, diz Niculescu. Ele acrescenta que o recurso deve ser
utilizado em conjunto com a análise de outros fatores de risco
identificados clinicamente.
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