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O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quinta-feira que Elize
Araújo Kitano Matsunaga, acusada pela morte do marido, Marcos Kitano
Matsunaga, vai a júri popular. Ainda não há data para o julgamento.
A mulher é acusada de homicídio triplamente qualificado --por motivo
torpe, meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima--
além de destruição e ocultação de cadáver. A decisão de ser julgada pelo
Tribunal do Júri foi do juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do
Júri da capital paulista.
Segundo o juiz, as provas mostram que Elize teria atirando no marido
para se vingar vingar de uma traição. Ele entendeu que a mulher agiu
dessa forma para evitar ainda que a amante do marido, causa da
separação, "lhe causasse prejuízos sociais e materiais", porque poderia
ficar com o seguro de vida e bens a herdados pela filha do casal.
As provas também levam para a possibilidade da ré ter agido com meio
cruel, causando sofrimento desnecessário e prolongado ao marido.
Primeiro, deu apenas um tiro e depois, segundo a perícia, o esquartejou
ainda vivo. Ele morreu por asfixia causada pelo sangue aspirado.
De acordo com as investigações da Polícia Científica, Elize ainda teria
feito o disparo que matou o marido a curta distância, o que
impossibilitou a defesa da vítima.
O crime ocorreu em 19 de maio de 2012, no apartamento onde o casal
vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo), e os pedaços do
corpo de Marcos foram jogados em locais distintos de Cotia (Grande São
Paulo).
Segundo a defesa de Elize, ela matou Marcos após uma discussão na qual
foi agredida por ele e também porque temia ficar sem a guarda da filha,
em uma eventual separação do casal. A briga entre o casal começou porque
Elize confrontou Marcos com a descoberta de uma traição por parte dele.
Para a Promotoria, Elize matou e esquartejou o marido de maneira
premeditada para se vingar porque era traída e também para ficar com R$
600 mil de um seguro de vida da vítima.
Elize é ré confessa e está presa desde o dia 4 de junho do ano passado
no Complexo Penitenciário de Tremembé (a 138 km de São Paulo). Ela é
acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (que serve para
aumentar a pena), motivo torpe (vingança), recurso que dificultou a
defesa da vítima e meio cruel.
Em depoimento à polícia, a babá Mauriceia José Gonçalves dos Santos
afirmou que Elize comprou uma serra elétrica portátil no dia em que
Marcos foi morto e esquartejado. O equipamento foi adquirido no Paraná,
pouco antes de Elize, a filha e a babá retornarem para São Paulo.
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