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Lobão acusa Dino de utilizar a imagem de um servidor público na campanha eleitoral.
SÃO
LUÍS – A quinze dias das eleições, o clima entra os candidatos
esquentou de vez. Na tarde desta quinta-feira (25), o candidato ao
governo do Estado Edson Lobão Filho protocolou seis representações. A
lista de representações começa com um pedido de esclarecimento pela ação
de uma equipe da Polícia Federal, que abordou, sem a devida
documentação, o avião do candidato Lobão Filho (PMDB), no aeroporto de
Imperatriz. Segundo Lobão, os policiais disseram que “haviam recebido
denúncia anônima”. No Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), o
candidato pemedebista protocolizou uma representação criminal contra o
também candidato Flávio Dino. Lobão Filho afirma que Dino não poderia
utilizar a imagem de um servidor federal, da forma como foi utilizada no
horário eleitoral gratuito.
“Estamos aqui no Tribunal Regional
Eleitoral para protocolar uma representação criminal contra o Flávio
Dino, por que ele não pode se utilizar de uma imagem de um servidor
federal, da forma como foi utilizada dentro do horário eleitoral
gratuito. Entramos com uma representação criminal contra o próprio Paulo
Abrão, por que ele jamais poderia se declarar como secretario nacional
de justiça, como se declarou no horário eleitoral. Então essas medidas
legais estão todas sendo feitas”, disse.
Sobre a ação da Polícia
Federal, o candidato da coligação “Pra frente Maranhão” disse que se
sentiu constrangido. “O que aconteceu foi uma declaração formal do
secretário nacional de justiça, do Ministério da Justiça, que é o chefe
da Polícia Federal, declarando apoio explicito ao candidato Flávio Dino.
A gravação original, com o brasão do Ministério da Justiça atrás, ele
em pleno exercício das suas funções faz uma declaração deste tipo. E
pasmem, poucas horas depois, eu sofro um constrangimento de uma operação
policial federal com armas em riste, com armas em punho. Rendendo os
pilotos da minha aeronave. Rendendo os motoristas da minha comitiva.
Abrindo todas as bagagens. Constrangendo a mim e ao Deputado Federal
Gastão Vieira. Não apresentaram nenhum mandado. A única coisa que
disseram foi a força da presença das armas que estavam em punho", contou
o candidato.
Revoltado com a situação, Lobão Filho acredita que
não há mais condições para permanência de Paulo Abrão Pires Júnior no
cargo de secretario nacional de justiça. “Entendemos que não há mais
condições do secretário nacional de justiça permanecer no cargo, ele tem
que ser afastado do cargo. E esta operação precisa ser investigada e
aprofundada. Nos seis instrumentos jurídicos que eu entrei, entramos um
requerimento à Policia Federal para que explique quem denunciou. Por que
eu perguntei ao delegado na hora e o delegado foi evasivo. Quem
denunciou? Como foi preparada esta operação? Para que a gente possa
entender as verdadeiras motivações de uma operação como aquela. Não
apresentaram nenhum mandado. A única coisa que disseram foi a força da
presença das armas que estavam em punho. Não concluíram o auto. Deviam
ter feito o auto, mostrando que não encontraram nada. Não o fizeram o
circunstanciamento daquele ato. E simplesmente depois que não
encontraram nada, se retiraram do aeroporto. Agiram com total
intimidação. Achamos e acreditamos que eleição não pode ser dessa
forma", finalizou.
Em nota, o vice-presidente Michel Temer (PMDB),
declarou repúdio à ação da PF no interior do Estado. Segundo Michel
Temer, a conduta dos policiais que revistaram o avião do candidato é
"inadmissível".
Leia a íntegra da nota de Temer:
O
diretório nacional do PMDB repudia a ação de integrantes da Polícia
Federal, que abordaram de armas em punho a comitiva do candidato a
governador do Maranhão, senador Edison Lobão Filho, no aeroporto da
cidade de Imperatriz na noite desta quarta-feira.
Sob o
pretexto de buscar recursos ilegais de campanha, foram feitas buscas na
aeronave, nos automóveis e na bagagem dos membros da comitiva, numa ação
intimidatória que, ao final, nada encontrou de irregular. O
procedimento foi baseado em denúncia anônima durante o curso da disputa
eleitoral intensa.
No estado democrático de direito é
inadmissível que forças policiais sejam instrumentalizadas para atingir
candidaturas legitimamente construída.
Assista a entrevista completa.
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