Câncer de mama
Ministério da Saúde vai triplicar o número de exames mais precisos para a identificação da doença e início do tratamento.
Imirante.com, com informações do Ministério da Saúde
Em 2016, foram investidos R$ 4,1 milhões na realização desses procedimentos. (Foto: Divulgação/HUUFMA)
BRASÍLIA
- No mês dedicado à prevenção do câncer de mama, o Ministério da Saúde
aumentou em média 100% os valores de exames essenciais no diagnóstico da
doença. A expectativa é triplicar o número de procedimentos mais
precisos para a identificação do tumor. Por ano, serão mais R$ 9,4
milhões para esse atendimento. Em 2016, foram investidos R$ 4,1 milhões
na realização desses procedimentos. A Portaria foi publicada no Diário
Oficial da União e anunciada nesta segunda-feira (23) pelo ministro da
Saúde, Ricardo Barros.
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Para
o ministro da Saúde, Ricardo Barros, essa medida visa estimular e
ampliar o acesso ao exame e diagnóstico. “Precisamos ter mais agilidade
na identificação da doença e na resposta dos resultados, para que tenha
mais efetividade no tratamento ofertado. Nosso objetivo é garantir maior
acesso aos exames que tenham mais resolutividade, de acordo com a
indicação médica, no diagnóstico. Quanto mais cedo confirmar a doença,
mais cedo se inicia o tratamento, aumentando as chances de cura”,
ressaltou o ministro.
Em
grande parte dos casos, o câncer de mama pode ser detectado em fases
iniciais, aumentando as chances de tratamento e cura. Após a mamografia,
são indicados exames para o diagnóstico definitivo da doença que vão
apoiar a decisão médica no tratamento. Todos esses procedimentos tiveram
reajuste e a expectativa é triplicar o atendimento dos três mais
precisos: punção de mama por agulha grossa, biópsia e anatomopatológico.
Em 2016, foram registrados 69,3 mil exames e, neste ano, o total deve
ultrapassar 200 mil.
O Instituto Nacional do
Câncer (INCA) estima que cerca de 58 mil mulheres terão câncer de mama
em 2017. Obesidade, sedentarismo estão entre os fatores de risco para o
desenvolvimento da doença, diante do aumento de gorduras e da produção
de hormônios.
Expansão
O
Ministério da Saúde tem expandido a oferta de exames para identificação
do câncer de mama. Atualmente, são destinados R$ 4 bilhões por ano para
o tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde. Nos últimos sete
anos, os recursos para procedimentos como cirurgia oncológica,
radioterapia, quimioterapia e iodoterapia, cresceram 87,5%, passando de
R$ 1,6 bilhão em 2009, para R$ 4 bilhões em 2016.
Também
é observado aumento de mamografias realizadas. Entre 2010 e 2016
registra-se um aumento de 35%, passando de três milhões para mais de
quatro milhões de exames, sendo que 62,2% de mamografias em mulheres de
50 a 69 anos. Como o aspecto da mama muda com a idade, a realização de
mamografia é mais efetiva no período pós-menopausa.
Radioterapia
O Ministério da Saúde firmou a compra dos 100 aceleradores lineares
para todo o país. Serão priorizados novos serviços, desconcentrando a
oferta dos serviços. Os projetos estão em andamento e serão executados
dentro das atividades previstas do Plano de Expansão dos Serviços de
Radioterapia. Cabe ressaltar que os aceleradores lineares são
equipamentos de altíssima complexidade tecnológica e não podem ser
instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica. As
instalações exigem espaço físico com características peculiares e
distintas das construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de
saúde, uma vez que envolve, por exemplo, sistemas de climatização
específicos, refrigeração da água, sistema elétrico diferenciado e maior
espessura das paredes.
Nos últimos anos,
observou-se uma crescente oferta da radioterapia no país. Em 2010, foram
realizados 8,3 milhões procedimentos de radioterapia. Em 2016,
realizou-se 10,45 milhões, um aumento de 25,9%. Vale ressaltar que essa
ampliação também é resultado do investimento realizado pelo Ministério
da Saúde na compra de aceleradores lineares por meio de convênios. Em
2016, foram realizados 26,5 milhões de procedimentos de radioterapia,
quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos exames preventivos de
mamografias e Papanicolau. Em 2017, entre janeiro até o momento, foram
registrados 8,15 milhões de procedimentos. Atualmente, são 283 aparelhos
de radioterapia no Brasil.
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