Maranhão cai em ranking
Com
nota 31.5, o estado ocupa apenas a 25ª colocação em 2017, tendo recuado
cinco posições desde 2015, de acordo com estudo do Centro de Liderança
Pública (CLP) divulgado ontem
SÃO
LUÍS - Em dois anos, o Maranhão caiu da 20ª para 25ª posição no Ranking
de Competitividade dos Estados. Segundo estudo realizado pelo Centro de
Liderança Pública (CLP), em parceria com a Tendências Consultoria e a
Economist Intelligence Group, o estado ocupa a antepenúltima colocação
no ranking de 2017, entre todos os estados.
O estudo mostra que a
nota que mede a competividade das unidades federativas, no caso do
Maranhão, que correspondia a 43.1 em 2015, caiu para 31.5 em 2017. Desse
modo, o estado ganha apenas do Amapá (26º - nota 28.2) e Sergipe (27º -
nota 27). Paraíba e Ceará são os representantes do Nordeste mais bem
colocados, nas 10ª e 11ª colocações, respectivamente.
Na
composição do ranking este ano, foram considerados 66 indicadores,
agrupados em 10 pilares - infraestrutura, sustentabilidade social,
segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina
pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de
mercado e inovação.
No detalhamento dos pilares, o Maranhão
recebeu nota zero no ranking de 2017 em relação à sustentabilidade
social, ocupando a última posição, a qual vem mantendo desde 2015,
segundo o estudo.
No
pilar capital humano, que reúne os indicadores de custo de mão-de-obra,
população economicamente ativa com ensino superior, produtividade do
trabalho e qualificação dos trabalhadores, o Maranhão obteve nota 15,5,
situando-se, portanto, na 25ª posição no ranking. Em sustentabilidade
ambiental é somente o 24º lugar com nota 16.5.
Com relação à
eficiência da máquina pública, que mede percentual de servidores
comissionados, custo do Executivo, Legislativo e Judiciário em relação
ao PIB, eficiência do Judiciário e Índice de Transparência, a nota
alcançada é 42.2, resultado que coloca o Maranhão na 20ª posição entre
as 27 unidades da federação.
No pilar potencial de mercado, que
analisa o crescimento potencial da força de trabalho, tamanho de mercado
de taxa de crescimento, o Maranhão recuou oito pontos de 2017 para
2016, e ocupa agora a 17º lugar no ranking com a nota 33.6.
Outro
recuo considerável apontado área da segurança pública, no qual, de
acordo com o estudo, o Maranhão saiu da 10ª posição em 2015 para a 15ª
em 2017, com a nota de 75.9 para 43.4, respectivamente.
Ainda que
tenha avançado duas posições no pilar educação (de 23º em 2015 para 21º
em 2017), com a nota 20.2, a competividade do Maranhão ainda está longe
do ideal. Em termos de inovação ocupa apenas o 20º lugar e o 17º em
infraestrutura. O único pilar com nota razoável para o estado é o de
solidez fiscal, ficando em 10ª posição.
Mais
Sistema de avaliação
O
Ranking de Competitividade é um sistema de avaliação da administração
pública. Com isso, a população pode avaliar a gestão do seu estado. O
ranking estimula os estados e os líderes públicos a buscarem inovações e
melhorias nos pilares e indicadores avaliados.
Estado de São Paulo lidera o Ranking de Competitividade
São
Paulo segue na primeira colocação no Ranking de Competitividade dos
Estados. Já nas duas colocações seguintes houve troca de posições, com
Santa Catarina subindo da 3ª para a 2ª colocação - puxado pelo ganho de
nove posições no pilar de potencial de mercado e três nos de solidez
fiscal, capital humano e segurança pública -, com o Paraná caindo da 2ª
para a 3ª posição - penalizado pela perda de sete posições também no
pilar de solidez fiscal e três no de eficiência da máquina pública.
De
acordo com o estudo, as unidades federativas do Sudeste, Sul e
Centro-Oeste concentram-se na metade superior do ranking, com os estados
do Norte e Nordeste ocupando as últimas posições.
Outras mudanças
expressivas no ordenamento do ranking geral ocorreram com Acre,
Rondônia, Paraíba, que foram as que mais ganharam posições, enquanto
Amapá, Amazonas e Pernambuco foram os estados que mais perderam
posições.
Nesta edição do Ranking de Competitividade dos Estados
merece destaque também as sensíveis alterações de posições entre os
estados (em relação à edição de 2016) nos pilares de solidez fiscal e de
segurança pública.
A situação fiscal dos Estados e municípios
brasileiros apresentou sensível deterioração em 2016, sendo que alguns
já declararam calamidade financeira (Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio
Grande do Sul) ao passo que uma série de outros também mostra uma
situação financeira bastante fragilizada.
No caso do pilar de
segurança pública, há dois fatores que explicam a forte queda das entre
as unidades federativas. Em primeiro lugar, houve forte revisão nas
séries históricas das fontes oficiais, principalmente no indicador de
roubo e furtos de veículos. Além disso, também foi implementada uma
alteração na fonte das estatísticas do indicador de ‘mortes a
esclarecer’.
Até a edição de 2016 era adotada a série do Fórum de
Segurança Pública, substituída pela do Datasus, que dentre as vantagens,
disponibiliza estatísticas para todos os estados.
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