Ângelo Marcos cuidava das carreiras dos atletas Negueba e Luciano.
Sócios do empresário também foram detidos por tráfico de drogas.
Empresário de jogadores é suspeito de tráfico de
drogas (Foto: Reprodução/Globo)
O empresário de jogadores de futebol Ângelo Marcos da Silva, que foi
preso por ser suspeito de comandar uma quadrilha de tráfico
internacional de drogas que utilizava o Porto de Santos,
no litoral de São Paulo, também era sócio de pelo menos outras três
empresas que podem ter ligação com o narcotráfico, segundo a Polícia
Federal.drogas (Foto: Reprodução/Globo)
O empresário é sócio da empresa Plus Sports e Marketing Ltda, responsável pela carreira dos jogadores Luciano, do Corinthians, e Negueba, do Flamengo. As investigações, porém, não apontam elo entre o agenciamento de jogadores e o tráfico de drogas. A Plus Sports afirma que está à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações e que os jogadores não vão se pronunciar sobre o assunto. Já a Polícia Federal acredita que parte do dinheiro usado na compra da sociedade veio do lucro que a quadrilha tinha com o tráfico de drogas no Porto de Santos.
Segundo a PF, barco teria sido comprado com
dinheiro do tráfico (Foto: Reprodução/TV Globo)
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o empresário, que foi policial
militar durante cinco anos e expulso da corporação por roubo, também era
sócio de, pelo menos, outras três empresas. Uma delas tinha como
atividade o transporte de produtos perigosos. Dois sócios de Ângelo e um
funcionário desta empresa foram presos em janeiro deste ano com 400
quilos de cocaína dentro de um carro. De acordo com a PF, eles estavam
em uma estrada próximo a Bertioga, no litoral de São Paulo.dinheiro do tráfico (Foto: Reprodução/TV Globo)
A outra sociedade foi firmada com um empresário. Desta vez, a firma seria destinada a venda de peças do moto. O sócio de Ângelo nesta empresa também acabou sendo preso. O empresário ainda teria se envolvido no negócio de uma terceira empresa que também agenciava jogadores. Porém, antes de começar a ser investigado, ele se desvencilhou desta sociedade.
Ainda segundo a PF, um barco no valor de R$ 5 milhões foi comprado com o dinheiro do tráfico de drogas. A Polícia Federal pediu um mandato de busca e apreensão dos carros e dos computadores de duas empresas em que Ângelo era sócio. O material será utilizado para a investigação, que está sendo realizada pela Delegacia de Polícia Federal em Santos. A suspeita é que todas as empresas em que Ângelo era sócio estariam ligadas indiretamente com o narcotráfico.
PF prende 23 pessoas e apreende 3,7 toneladas
de cocaína em operação em Santos, SP (Foto: Arte G1)
Esquemade cocaína em operação em Santos, SP (Foto: Arte G1)
Ângelo era o coordenador de uma das quadrilhas que utilizava o Porto de Santos para o tráfico internacional de drogas. Ângelo fazia os contatos com os fornecedores da cocaína e controlava a qualidade da droga. Segundo a PF, a quadrilha usava contêineres para transportar cocaína pura para a Europa. A droga era colocada em mochilas e sacolas, que eram inseridas nos contêineres por funcionários particulares, sem o conhecimento dos donos das cargas ou dos navios. A droga seguia junto com um lacre clonado. No local de destino, membros da organização criminosa rompiam os lacres, recuperavam a cocaína e colocavam os lacres clonados, para não gerar suspeitas.
Operação
Na última segunda-feira (31), a Polícia Federal (PF) cumpriu 23 mandados de prisão e 80 mandados de busca e apreensão para desarticular quadrilhas que fazem tráfico internacional de drogas utilizando o Porto de Santos como acesso para o exterior.
Além dos presos, foram apreendidos mais de 3,7 toneladas de cocaína, 230 mil euros (R$ 721 mil) em dinheiro, 10 veículos, uma lancha, 19 armas curtas e dois fuzis. Segundo a PF, essa foi uma das maiores apreensões da história do Porto de Santos. As operações Hulk e Oversea começaram em maio do ano passado, e o total de cocaína divulgado é a soma da quantidade da droga apreendida nesse período, somando-se todas as operações.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha usava contêineres para transportar cocaína pura do Porto de Santos para a Europa, África e Cuba. Ainda de acordo com a PF, a droga era colocada em mochilas e sacolas, que eram inseridas nos contêineres por funcionários particulares, sem o conhecimento dos donos das cargas ou dos navios. A droga seguia junto com um lacre clonado. No local de destino, membros da organização criminosa rompiam os lacres, recuperavam a cocaína e colocavam os lacres clonados, para não provocar suspeitas.
Empresário de jogadores é suspeito de envolvimento em quadrilha (Foto: Reprodução/TV Globo)
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