Os manifestantes se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e saíram em passeata pela Avenida Paulista, região central da capital.
Daniel Mello / Agência Brasil
SÃO PAULO - Cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar
(PM), participaram na noite de hoje (15) do quinto ato Se Não Tiver
Direitos, Não Vai Ter Copa. Os manifestantes se concentraram no vão
livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e saíram em passeata pela
Avenida Paulista, região central da capital.
Carregando
faixas e animados por tambores, os manifestantes seguiram, apesar da
chuva, por toda Avenida Rebouças e em direção ao Butantã. Na Avenida
Vital Brasil, a PM registrou a depredação de duas agências bancárias.
Segundo a PM, 54 pessoas foram detidas "por promoverem a desordem"
No
início no protesto, o major Genivaldo Antônio, comandante do
policiamento que acompanhou o ato, tentou conversar com os manifestantes
para negociar o trajeto e evitar confrontos. De acordo com ele, cerca
de 800 homens foram mobilizados em função da passeata.
Participaram
da manifestação representantes de movimentos sociais, como o Território
Livre e o Fórum Popular de Saúde, e simpatizantes de partidos
políticos, como PSOL e PSTU. A principal crítica são os gastos para o
mundial.
“O Estado brasileiro, mais uma vez
submisso ao interesse internacional, gasta nosso dinheiro para fazer a
Copa dos ricos. Ao invés de hospitais e leitos, construíram estádios e
arquibancadas; ao invés de remédios, fizeram investimentos milionários
em hospitais particulares e empresas privadas”, diz o texto que chamava
para o protesto no Facebook.
Militante do
Território Livre, Rafael Padial disse que o movimento, formado por
estudantes, apoiou a manifestação para que a mobilização ajude a
sociedade brasileira a inverter as prioridades das políticas públicas.
“Não é contra o futebol. Todo mundo gosta de futebol. A questão é: quais
são as prioridades do governo e de quem manda na economia brasileira? É
atender aos problemas das população ou às necessidades lucrativas de
grandes empresas?”, questionou. “A gente é contra a Copa para inverter
as prioridades”.
O confeccionista de jeans Valdemar
Silveira, 24 anos, disse que além de discordar da aplicação de
recursos públicos no evento, também protestava contra as remoções de
comunidades em ações ligadas às obras da Copa. “Principalmente da forma
como elas foram removidas”, enfatizou sobre a violência policial usada
nos despejos.
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