Marcos
Peixoto, de 64 anos, pai da dentista Fabíola da Cunha Peixoto, de 24,
assassinada a tiros na madrugada deste domingo em Olaria, disse que não
gostava do namorado da filha, o cabo da PM Leandro Pinto de Carvalho, de
36 anos, principal suspeito do crime.
— Os dois (Fabíola e
Leandro) se conheceram numa casa de shows há uns dez meses. Com o tempo,
comecei a sentir que ele não era uma pessoa do bem. E pai não se
engana. Quando ele ia lá em casa, não era de conversa. Cheguei a
perguntar a Fabíola: ‘É esse o homem que você quer para sua vida?’. Ele é
um monstro, o diabo em figura de gente. Esse homem destruiu a minha
família toda. Só peço a Deus e à polícia que prendam esse assassino
imediatamente — afirmou Marcos.
Ainda segundo ele, Fabíola e Leandro chegaram a se separar, mas reataram há cerca de um mês:
—
Quando minha filha falou que ia voltar com ele, eu briguei muito com
ela. Minha filha era um doce de pessoa. Muito educada. Todos estão
chorando a morte dela, sentindo a falta que ela faz.
A Justiça aceitou o pedido de prisão temporária por 30 dias de Leandro. Ele agora é, oficialmente, um foragido da Justiça.
Fabíola
e Leandro passaram parte do sábado com os pais da jovem num chá de
bebê. À noite, foram a um pagode. Na volta, já na madrugada de domingo,
seguiram direto para a casa de Leandro, onde discutiram. O corpo da
jovem apresentava lesões de defesa, como se ela tivesse tentado se
proteger dos tiros — foram quatro que atingiram a vítima.
Na casa
de Leandro, policiais da Divisão de Homicídios (DH) encontraram num
armário R$ 63.420 em espécie, um cheque de R$ 200 mil, quatro braceletes
e um laptop. O material foi apreendido e levado para a DH. Os policiais
também encontraram a caixa e a nota fiscal de uma pistola calibre ponto
40.
— Muito provavelmente ele cometeu o crime com essa arma — disse o delegado da DH André Leiras.
Fabíola
foi descrita por parentes e amigos como uma menina estudiosa e querida.
Ela formou-se em odontologia na Unigranrio, em Duque de Caixas, em
2012. Começou a faculdade com 21 anos, e, atualmente, estava cursando a
pós-graduação em Ortodontia na mesma instituição, curso que terminaria
em julho. Fabíola trabalhava como dentista numa clínica de Cascadura, na
Zona Norte do Rio.
A amigos e parentes, Fabíola já havia confidenciado que Leandro era um namorado difícil, de forte temperamento.
—
Todo mundo avisou a Fabíola que esse relacionamento não era saudável,
justamente pelas coisas que ela comentava. Mas não esperávamos que fosse
chegar a esse ponto — comentou um amigo que não quis se identificar.
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