O ato 'mulher não é um pedaço de carne' ocorreu no Viaduto do Chá.
Ativista Sara Winter, ex-Femen, integra movimento feminista Bastardxs.
Ativista faz protesto 'Mulher não é um pedaço de carne' (Foto: Dario Oliveira/Futura Press/Estadão Conteúdo )
O movimento feminista Bastardxs fez na tarde deste domingo (6) uma
performance pelo direito e liberdade das mulheres no Viaduto do Chá, no
Centro de São Paulo.
Nua e com uma maçã na boca, a ativista Sara Winter foi suspensa por
ganchos em suas costas no ato nomeado como "Mulher não é um pedaço de
carne".
No Brasil, Sara integrou o Femen, organização feminista fundada na Ucrânia, e agora participa do Bastardxs.
Na página do grupo no facebook, o movimento diz que “defende a tese de
que a mulher tem domínio do seu corpo, a favor do respeito e da
igualdade”.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do
governo federal, divulgada em março mostra que 26% dos brasileiros
concordam inteiramente ou parcialmente com a frase "Mulheres que usam
roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". Inicialmente, o
instituto havua anunciado que o percentual era de 65,1%.
A pesquisa foi intitulada "Tolerância social à violência contra as mulheres" e teve ampla repercussão. A presidente Dilma Rousseff chegou a comentar
por meio do microblog Twitter. Com base nos dados da pesquisa, ela
disse que o país tem "muito o que avançar no combate à violência contra a
mulher".
Em razão da pesquisa, a jornalista Nana Queiroz, de Brasília, lançou um
protesto chamado "Eu não mereço ser estuprada", que se espalhou pelas
redes sociais, com fotos de homens e mulheres reproduzindo a frase em
fotos pessoais. Pelo Twitter, ela disse que foi ameaçada de estupro devido à repercussão da campanha e recebeu a solidariedade de Dilma.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora
Menicucci, também aderiu à campanha e publicou foto com os dizeres "As
mulheres não merecem ser estupradas".
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