Peixe se livrou da derrota graças a uma chance incrível desperdiçada por Paulinho.
Gazeta Esportiva
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Lucas Lima é derrubado pelo volante Amaral ao tentar armar jogada de ataque para o Santos.
SÃO PAULO - Em partida muito fraca tecnicamente, Santos e Flamengo não
saíram do zero e permaneceram em situação complicada no Campeonato
Brasileiro, após o duelo válido pela 7ª rodada, no estádio do Morumbi.
O
Peixe sentiu a ausência de Cícero, que não deve mais vestir a camisa do
time de Vila Belmiro, e se livrou de uma derrota graças a uma chance
incrível desperdiçada por Paulinho nos acréscimos do jogo.
Agora,
o Peixe já se prepara para fazer as malas novamente para encarar o
Bahia, em Feira de Santana, nesta quinta-feira, às 21 horas. Enquanto
isso, o Flamengo segue em São Paulo, pois vai mandar seu jogo contra o
Figueirense, também na quinta, às 19h30, no mesmo Morumbi, já que o
Maracanã está à disposição da Fifa para a Copa do Mundo.
O jogo
Antes
da bola rolar no Morumbi, o clima já estava quente do lado santista com
a inesperada ausência de Cícero na escalação do time. Titular absoluto
da equipe e incansavelmente elogiado pelo técnico Oswaldo de Oliveira, o
volante nem foi para o estádio após uma reunião entre membros da
diretoria e do staff do jogador, que deve ser negociado com Fluminense
ou Grêmio nos próximos dias. Assim, Cícero não poderia completar sua
sétima partida pelo Peixe no Campeonato Brasileiro, neste domingo.
“Eu
não perdi o Cícero, estão conversando e hoje eu quero falar do jogo.
Isso é assunto para amanhã. Minha consciência hoje é aqui para o jogo,
Cícero não joga hoje o Lucas vai fazer a função dele, espero que a
equipe supra a ausência dele”, disse o técnico alvinegro antes da
partida, na tentativa de manter a concentração para o duelo diante do
Flamengo.
Sem seu principal jogador, Oswaldo de
Oliveira apostou em Vitor Andrade, armou o time com três atacantes,
puxando Geuvânio para compor mais o meio de campo ao lado de Lucas Lima.
Mas
o time não encaixou e sofreu todo o primeiro tempo. Com menos posse de
bola e com uma única finalização a gol, já nos acréscimos, em cobrança
de falta de Lucas Lima, o Santos desceu para o vestiário com muita coisa
para acertar.
Enquanto isso, o rubro-negro
carioca, também longe de desempenhar um futebol vistoso, acabou criando
as melhores oportunidades de gol.
Primeiro com
Negueba, em chute que Jubal evitou o gol, depois em uma cabeçada de
Everton, que raspou a trave de Aranha, e principalmente na finalização
de Luiz Antônio, que desviou em David Braz e explodiu no travessão. Na
sequência do lance, Aranha dividiu com o atacante flamenguista e Jubal
mais uma vez salvou o gol do Flamengo ao se atirar na bola.
A
única polêmica da primeira etapa aconteceu aos 30 minutos, quando Léo
Moura recebeu cruzamento dentro da área, dominou no peito e caiu pedindo
pênalti ao ser tocado por Vitor Andrade. O árbitro apenas mandou
seguir.
Os 15 minutos de intervalo valeram a pena
para o Santos. A conversa com o técnico Oswaldo de Oliveira fez efeito e
o time voltou diferente para a etapa complementar.
Antes
dos 10 minutos, o Peixe finalizou com perigo com Geuvânio, Lucas Lima e
Renatinho. A torcida cresceu junto com o time, que partiu para cima e
sufocava o Flamengo em seu campo de defesa.
Aos 12
minutos, Vitor Andrade foi mais um a arriscar de fora de área e por
pouco não abriu o placar. A bola passou rente a trave, rasteira, tirando
o “uuuh” dos poucos torcedores que se aventuraram em uma tarde fria e
chuvosa no Morumbi.
Ao contrário da primeira etapa,
o jogo ficou bom, rápido e com as equipes buscando mais o gol. O
Flamengo, apesar de iniciar o segundo tempo um pouco atordoado, passou a
apostar nos contra-ataques e, assim, também levava perigo à meta de
Aranha.
Após os 20 minutos, o ímpeto de Santos e
Flamengo voltou a cair e o jogo, de novo, ficou ruim, com muitos passes
errados de ambas as equipes.
Para o time de Vila
Belmiro, tudo ficou ainda mais difícil quando Geuvânio deu um carrinho
por trás em João Paulo, ainda no meio de campo, e recebeu o cartão
vermelho direto, deixando o Santos com um a menos a 15 minutos do fim do
jogo.
Dessa forma, o time de Oswaldo de Oliveira
praticamente abdicou de atacar e passou a esperar o Flamengo no campo de
defesa para não correr riscos. Por outro lado, os cariocas, até
tentavam forçar uma situação de domínio, mas o baixo nível técnico dos
jogadores e do próprio jogo não permitiram que o placar fosse alterado.
Paulinho, chegou a perder uma chance incrível no último minuto do jogo,
quando completou cruzamento praticamente dentro da pequena área e
acertou o travessão de Aranha.
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