- Ele e a cunhada dela me passaram que a Mary utilizava anabolizantes. E isso ela não tinha passado pra gente. Mary teria feito um preenchimento na coxa e no glúteo com silicone liquido injetável, mesmo sabendo que era proibido, que não era próprio pra isso. Mas isso só laudo do IML pode ajudar a resolver - explicou Dr. Lima, garantindo ainda que todos os exames pré-operatórios foram feitos e tiveram resultado satisfatório: - Ela fez raio x no tórax, ultrassonografia da mama e do abdômen, fez o eletrocardiograma e foi liberada com o risco cirúrgico asa 1, que é o menor risco.
Polícia investiga circunstâncias da morte de dançarina de funk; parentes já foram ouvidos
Por telefone, Wallace negou que tenha passado essa informação ao médico.
Dr. Luiz garantiu que funkeira saiu bem tranquila da cirurgia e que teria até conversado com outros pacientes.Mas nega que ela tenha recebido alta médica como o namorado dela informou.
- Aproximadamente umas cinco horas depois da cirurgia, ainda no leito chamado recuperação de pós-anestesia, começou a apresentar hipotensão, taquicardia e um desconforto respiratório. O enfermeiro chamou o anestesista, e começaram a fazer o atendimento nela. Ela foi completamente assistida, entubada, desfibrilada. Mas não resistiu, não respondeu às manobras que foram feitas.
O cirurgião plástico ainda garantiu que o fato de a clínica não contar com uma unidade de terapia intensiva não impediu que ela recebesse o tratamento adequado.
- As pessoas confundem um CTI aberto com um leito de CTI pra intercorrência. A vigilância nem autoriza funcionamento de uma clínica se ela se não tiver um leito de intercorrência para que a paciente seja reanimada. Primeiro você estabiliza a paciente, para que a paciente seja transferida para um CTI se houver necessidade de ela ser mantida lá.
Procurada pela reportagem, a administração do Centro Médico da Barra informou por meio de uma nota oficial, que embora não haja um setor específico de unidade intensiva, há um convênio firmado com o Hospital Cardiobarra, localizado na mesma rua, para transferência em caso de necessidade. Veja a nota na íntegra abaixo:
A direção da clínica Centro Médico da Barra lamenta o falecimento da paciente Zulmariana Cherret, se solidariza com a família e informa ter adotado todos os procedimentos, disponibilizando toda a sua infraestrutura, equipamentos e seu corpo médico em socorro da paciente.
É importante registrar que além de contar com todos os equipamentos necessários para o atendimento de emergências e o ressuscitamento de pacientes, a clínica ainda mantém com o Hospital Cardiobarra, localizado na mesma rua, em frente, um contrato de prestação de serviços para a remoção de pacientes, em caso de necessidade. No entanto, é importante lembrar que, no momento de ocorrências como a registrada com Zulmariana, a prioridade deve ser para o atendimento da paciente e sua estabilização para só então proceder com a remoção.
Na sexta-feira, dia 16 de maio, a paciente deu entrada no centro cirúrgico para se submeter a uma substituição de próteses de silicone nas mamas em conjunto com miniabdoômen. O médico responsável pela cirurgia foi o Dr. Luiz Antônio Lima, que não integra o corpo clínico do Centro Médico da Barra e é locatário do centro cirúrgico para a realização de procedimentos em alguns de seus pacientes. Segundo o médico, a operação correu dentro do esperado e, após a liberação pelo médico, a paciente ainda chegou a sair do centro cirúrgico para conversar com familiares. No entanto, quatro horas depois, Zulmariana se sentiu mal e após a adoção de todos os procedimentos de socorro, faleceu na sala de recuperação pós-operatória de causa ainda desconhecida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário