Ela afirma que sofreu agressão sexual, física e moral.
Vítima registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Plantonista.
Sofia Favero diz ter sido agredida dentro de ônibus
(Foto: Maíra Ribeito / Sedhuc)
(Foto: Maíra Ribeito / Sedhuc)
A estudante de psicologia e travesti Sofia Savero diz que foi agredida por dois homens dentro de um ônibus em Aracaju,
por volta das 18h30 da quinta-feira (15), quando ia para a faculdade.
Ela registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Plantonista em Aracaju e
também procurou a Delegacia de Grupo de Vulneráveis.
Sofia afirma que durante o percurso sofreu agressão sexual, física e
moral. “O ônibus estava muito cheio e não percebi nenhuma movimentação
estranha. Mas, de repente, percebi que um passageiro estava colocando a
mão entre as minhas pernas. Gritei e pedi para ele parar. Todos ficaram
surpresos e chocados com o assédio sexual. Imediatamente ele negou e até
chorou, disse que eu estava desequilibrada, mas eu vi a mão dele”,
afirma Sofia.
Sofia mostra ferimentos no cotovelo
(Foto: Maíra Ribeito / Sedhuc)
(Foto: Maíra Ribeito / Sedhuc)
Segundo ela, nesse momento outro passageiro percebeu que não era uma
mulher que estava gritando. “Eu estava nervosa e gritei com o agressor,
os passageiros perceberam pela minha voz que não sou uma menina. Um
deles gritou e me chamou de traveca. Todos riram de mim e fiquei ainda
mais humilhada”, conta emocionada.
Quando o ônibus chegou perto da faculdade, segundo Sofia, o passageiro
que a chamou de 'traveca' a agrediu fisicamente. “Ele pegou uma faca e
ameaçou me ferir. Eu disse para ele parar e lembrei que a câmera de
segurança do ônibus estava funcionando. Ele guardou a faca, mas me
agrediu fisicamente. Me chutou e eu caí na calçada da faculdade. Duas
universitárias que também saíram do ônibus me ajudaram. Fiquei muito
ofendida e machucada”, afirma.
Sofia é atendida pelo Núcleo LGBT na Sedhuc
(Foto: Maíra Ribeito / Sedhuc)
(Foto: Maíra Ribeito / Sedhuc)
“É importante denunciar os agressores para que a ação da polícia
combata este tipo de crime. A travesti que se sentir agredida
fisicamente ou moralmente deve registrar a ocorrência na Delegacia
Plantonista e na Delegacia de Grupo de Vulneráveis, além disso deve
pedir ajuda ao núcleo de políticas LGBT da Secretaria dos Direitos
Humanos de Sergipe”, explica a coordenadora do núcleo, Lohanna dos Santos.
Sofia descreve os agressores: “O primeiro passageiro que me agrediu sexualmente tem entre 27 e 30 anos, é negro, tem cerca de 1,60 m e cabelo curto; o outro tem cerca de 23 anos, é alto, 1,80 m, usa bigode e é moreno. Os dois usavam farda de trabalho, eles podem ser pedreiros ou trabalham na área da construção civil. Acredito que estava voltando do trabalho no horário.”
Sofia descreve os agressores: “O primeiro passageiro que me agrediu sexualmente tem entre 27 e 30 anos, é negro, tem cerca de 1,60 m e cabelo curto; o outro tem cerca de 23 anos, é alto, 1,80 m, usa bigode e é moreno. Os dois usavam farda de trabalho, eles podem ser pedreiros ou trabalham na área da construção civil. Acredito que estava voltando do trabalho no horário.”
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