Política | Campanha de Lula
Se
o PT registrar outra candidatura que não a de Lula até quarta, terá de
devolver o dinheiro aos doadores, como rege resolução da Corte
Estadão Conteúdo
Fernando Haddad é candidato a vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2018. (Divulgação)
SÃO
PAULO - A arrecadação virtual para a campanha do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva superou os R$ 500 mil, mas o dinheiro não poderá
ser usado por Fernando Haddad, candidato a vice, caso o ex-prefeito
venha a ser alçado à cabeça da chapa.
Condenado
na Lava Jato a 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro,
Lula está preso desde abril em Curitiba. Mesmo assim, o PT pretende
registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até
quarta-feira, último dia do prazo, com Haddad de vice. Como o petista
deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o ex-prefeito pode assumir a
chapa.
Segundo o TSE, as "vaquinhas
virtuais" só poderão ser usadas pelo próprio candidato. Se o PT
registrar outra candidatura que não a de Lula até quarta, terá de
devolver o dinheiro aos doadores, como rege resolução da Corte. É o que
ocorreria também com a vaquinha virtual feita por Manuela d’Ávila
(PCdoB), considerada "plano B" para ser vice na chapa petista.
Já
se a candidatura de Lula for registrada e barrada posteriormente, o
dinheiro que não for gasto até a data da decisão pelo indeferimento será
remetido ao partido ao fim da campanha. "Se a campanha for encerrada e
houver sobras, elas têm de ser destinadas ao partido político", afirmou o
ex-ministro do TSE Henrique Neves.
Procurado, o PT disse que trabalha de acordo com a lei e não comenta hipóteses.
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